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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Caso raro na medicina, homem com dois pênis lança biografia.

6jan2015---norte-americano-com-dois-penis-lanca-autobiografia-double-header---my-life-with-two-penises-duas-cabecas---minha-vida-com-dois-penis-1420570391954_300x420Um americano que alega ter dois pênis como consequência de uma anomalia congênita diz que cresceu ouvindo de seus pais que era uma pessoa “única e especial”. Em entrevista ao programa Newsbeat, da BBC, o homem, que se auto-entitula DDD, diz que já manteve relações sexuais com cerca de mil pessoas, mas se recusa a revelar sua identidade por temer o assédio que sua condição pode provocar.
DDD se tornou uma espécie de subcelebridade na internet após o lançamento recente de sua autobiografia.
O Newsbeat teve acesso a fotos das partes íntimas de DDD, e os produtores do programa disseram que as imagens são bastante convincentes.
A condição que afetaria o americano é a difalia, uma anomalia congênita identificada pela primeira vez em 1069. Ela é rara, afetando apenas um em cada 5,5 milhões de americanos, por exemplo.
Fonte de embaraço
Normalmente, a difalia é marcada por deformações, mas DDD afirma que seus dois membros funcionam normalmente. “Posso urinar e ejacular com ambos ao mesmo tempo”, explicou o americano.
Na infância e na adolescência a condição foi uma fonte de embaraço para o americano, que foi orientado pelos pais a jamais de despir em frente a colegas ou participar de brincadeiras de médico. Quando colegas de escola descobriram a “duplicidade”, DDD disse ter sofrido bullying.
“Eu não queria que os outros meninos tivessem ciúmes ou se sentissem mal por não terem dois pênis. Jamais pensei que eles fossem me odiar por me achar estranho”, disse o americano. “Quando comecei a namorar, não tirei a roupa até que a menina que estava vendo dissesse que queria (fazer sexo). Nunca pensei que ela poderia simplesmente ter ficado assustada (com a minha condição).”
Amputação cogitada
DDD diz que aos 16 anos cogitou amputar um dos membros quando as pessoas começaram a perceber sua condição.
“As meninas começaram a olhar para minha cintura muito mais”, lembra o americano. “Eu gostaria que meus pais tivessem me falado que as pessoas fariam troça do que não entendem. Eu sempre tive dois pênis e, quando olho para baixo, para mim tudo parece normal.”
Quando questionado sobre a razão de falar abertamente de sua condição mas não se identificar, DDD disse que a atenção não seria benvinda.
“Em todos os lugares as pessoas saberiam quem sou. Elas teriam expectativas.”
DDD admite ser bissexual e ter participado de relacionamentos poligâmicos. Seu mais longo namoro foi com um casal.
Mas a condição trouxe inconveniências, como a compra de roupas de baixo. O americano diz que não pode usar cuecas, por exemplo.
DDD também pensou em tentar a sorte na indústria pornográfica, mas a ideia foi abandonada porque o americano temeu ser visto como uma aberração.
“Minha dignidade não tem preço”, afirmou.
UOL

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