O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou nesta sexta-feira uma nova redução de juros para linhas de crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito.
De acordo com comunicado, no crédito pessoal as taxas de juros ao cliente que aderir à conta-salário cairão do atual patamar de 2,45% a 6,70% ao mês para 1,99% a 4,94% mensais.
No crédito pessoal, as taxas de juros de quem aderir ao MaxiConta Portabilidade Salário cairão do atual intervalo de 2,45% a 6,70% ao mês para 1,99% a 4,94% mensais. No cheque especial, a taxa mínima mensal cai de 5,24% para 3,5% e a máxima sai de 8,89% para 4,94% ao mês.
Essas novas taxas passam a valer a partir deste sábado (14).
No cartão de crédito, o juro do rotativo passa do intervalo de 3,90% a 13,80% ao mês para 3,85% a 9,90%. A compra parcelada com juros passa de taxas mensais de 1,99% a 13,80% para 0,90% a 3,90%. Já no parcelamento da fatura do cartão de crédito, que operava com juros mensais de 2,45% a 6,70%, os clientes terão taxas de 1,99% a 4,94% ao mês. Para essas linhas, as novas taxas passam a valer em 16 de maio.
Para micro e pequenas empresas, o Itaú reduziu agora a taxa para capital de giro com garantia de recebíveis em cartões.
"Acreditamos que o governo tem dado soluções técnicas para vários pontos importantes da economia, como a do rendimento da caderneta de poupança, por exemplo. Há também o comprometimento com um crescimento econômico positivo para o país, que deverá ser mais significativo no segundo semestre. Tudo isso gera um círculo virtuoso, que permite a queda dos spreads e da inadimplência, e que possamos contribuir ainda mais para o processo de transformação e desenvolvimento do Brasil", afirmou Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, em nota..
Outros bancos já fizeram cortes
O BB foi o primeiro banco a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril. Após essa medida, vários bancos também cortaram as taxas, entre eles Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, HSBC eCitibank.
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados aos consumidores. Em pronunciamento na TV, Dilma pressionou as instituições a seguir o movimento de cortes anunciado pelos concorrentes públicos e disse ser inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo.
A guerra para a redução das taxas se intensificou nas últimas semanas, com Banco do Brasil e Caixa anunciando cortes nos juros numa tentativa de forçar uma redução por bancos privados, que acompanharam em parte o movimento.
Além de usar os bancos estatais como arma para forçar a redução das taxas, o governo tem tido a colaboração do Banco Central, que tem cortado sistematicamente a taxa básica de juros brasileira (Selic), hoje em 9%.
Dilma e outros integrantes do governo vêm demonstrando publicamente desagrado com as taxas de juros e o spread bancário. Spread é o ganho que os bancos têm com os juros. Quando eles emprestam dinheiro para seus clientes, como no cheque especial, cobram juros muito maiores do que os juros que pagam aos clientes que investem em fundos, por exemplo. Essa diferença de juros é que é chamada de spread.
(Com informações de Reuters e Valor) UOL
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