Páginas

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Compare os juros do crédito para empresas após novas reduções


Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo
Comentários19
As empresas também foram beneficiadas com os cortes de juros anunciados nesta sexta-feira (11) pelo Itaú Unibanco. Nesta semana, Caixa e Banco do Brasil já haviam feito o mesmo movimento, ampliando as reduções realizadas no mês passado.
Para empresas, o Itaú Unibanco reduziu a taxa para uma linha de capital de giro que é garantida pelos recebíveis em cartões. O juro nessa modalidade passa a 1,10% ao mês, a partir deste sábado (14). A Caixa cortou as taxas do cheque especial, que agora passam para a mínima de 2,87% e máxima de 4,27% a.m..
No BB, uma das reduções mais significativas foi a do cheque especial para empresas, que agora tem taxa única de 3,94% ao mês, queda de 56,8% comparada à anterior. Para ter acesso à taxa, no entanto, a empresa precisa aderir ao serviço de assessoria financeira do banco. As linhas de capital de giro também sofreram reduções.

Compare as taxas cobradas pelos principais bancos no crédito às empresas

LINHAS X BANCOSBanco do BrasilBradescoCaixaItaúSantander
Capital de giro1,01%2,43%0,94%1,14%1,38%
Cheque especial3,94%3,29%2,87%1,95%2,50%
Antecipação de recebíveis1,00%2,09%1,36%1,05%1,50%
Desconto de duplicatas1,25%2,89%1,15%1,29%1,99%
Desconto de cheques1,25%2,89%1,15%1,29%1,86%
  • *Juros mensais cujos valores são os mínimos praticados e estão sujeitos a negociação com o gerente
Márcio Iavelberg, sócio da Blue Numbers, consultoria empresarial especializada em pequenas e médias empresas, diz que é necessário ficar atento às necessidades do negócio antes de aproveitar as novas taxas.
“Existem linhas diferentes de crédito indicadas para cada necessidade. Se o empresário precisa de dinheiro para os próximos três dias apenas, o cheque especial pode ser uma opção, por exemplo. Se é uma quantia maior, com mais prazo de pagamento, o capital de giro pode ser mais recomendado”, afirma.

Redução acompanha queda da taxa Selic

As medidas fazem parte de um movimento geral do mercado para diminuição dos juros, puxada pela queda da taxa básica de juros (Selic), com o objetivo de movimentar a economia.
“É uma tendência iniciada com os bancos públicos, que provoca alteração em todas as instituições. É uma boa hora para os empresários investirem em seus negócios, seja na aquisição de equipamentos, na compra de matéria-prima ou mesmo em expansões físicas”, diz Iavelberg.

Mudanças beneficiam quem quer crescer

A diminuição das taxas não significa que o acesso ao crédito está mais fácil, destaca Vicent Baron, diretor da Naxentia, especializada em consultoria e reestruturação de pequenas e médias empresas.
“Para compensar a diminuição dos seus ganhos e evitar a inadimplência, os bancos exigem mais garantias dos empresários. Por isso, as empresas que estão em dificuldades financeiras, por exemplo, não devem se beneficiar das novas taxas”, afirma.
FONTE: UOL

Sem comentários:

Enviar um comentário