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sábado, 4 de junho de 2016

Dois grupos diferentes estupraram jovem, diz polícia.

A polícia já sabe que a jovem de 16 anos que sofreu estupro coletivo, na favela do Barão, na Zona Oeste do Rio, foi vítima de pelo menos dois grupos diferentes e em dois momentos distintos, que somaram entre 10 e 12 agressores. Eles estão sendo paulatinamente identificados pelos investigadores da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.

De acordo com as investigações, depois do baile funk, por volta de 7h do sábado, dia 21 de maio, a jovem seguiu para uma casa da comunidade, acompanhada de Raí de Souza, de 22 anos, com quem teve relações, e do jogador Lucas Perdomo Duarte, além de mais uma jovem. 

Por volta de 10h, os três foram embora deixando adolescente para trás. Mais tarde, traficantes passaram pelo local e, ao avistarem a menina desacordada na casa, decidiram levá-la para o abatedouro, um local próximo ao QG do tráfico, utilizado pela quadrilha para a prática de sexo. 

O traficante Moisés Camilo de Lucena — já preso — foi quem carregou a jovem para o abatedouro, onde, além dele, pelo menos outros seis ou oito traficantes a estupraram. Abandonada na casa, ela foi novamente descoberta por Raphael Assis Duarte Belo, de 41, Raí e um terceiro traficante identificado apenas por Jefinho.

— De acordo com os depoimentos, o Raí chega a perguntar o que ela estaria fazendo ali. Neste momento, aconteceu o segundo estupro. Ela lembra de ter acordado em outra casa, no abatedouro, no momento em que Moisés a segurava. Foi estuprada por traficantes. Mais tarde, já à noite do mesmo dia, ela estava desacordada e foi novamente vítima, desta vez de Raí, Raphael e Jefinho, que ainda filmaram aquelas imagens que circularam na rede — explicou Cristiana Bento, delegada-titular da Dcav.

A Polícia Civil localizou o celular de Raí de Souza onde foi gravado o vídeo e agora irá comprovar quem divulgou as imagens na rede. No depoimento, Raí havia dito que, por medo, jogara o aparelho fora, mas a delegada Cristiana Bento desconfiou da versão do suspeito e conseguiu um mandado de busca e apreensão na justiça para um endereço em Madureira, que Raí costumava frequentar.

O Globo

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