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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Carros colidem e capotam em Ponta Negra


Foto: Rafaela Ribeiro/Via Certa Natal

Um grave acidente de trânsito foi registrado na tarde de hoje em Ponta Negra. Mais especificamente no cruzamento das ruas Professora Dirce Coutinho com Ismael Pereira da Silva.
De acordo com informações preliminares um caminhão baú branco e uma caminhonete preta colidiram. Com o impacto o caminhão tombou.
O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) estão no local. Existe registro de feridos que estão sendo atendidos pelas equipes de socorristas.
BLOG DO BG

Aniversariante: Professor Ideraldo comemora mais uma data



Professor Ideraldo

Quem esteve aniversariando neste Domingo dia 20, foi o professor Ideraldo. O blog Jandaíra em Foco o  homenageia em nome de seus leitores (as), amigos e familiares. Sua esposa Iranete, seus filhos Hiran e Hyuran e sua nora Emanuely Mayara, o parabenizam e o desejam toda a felicidade do mundo.

PARABÉNS, FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

NOTA DO BLOG

Aproveitamos para em nome deste espaço reforçar nossos parabéns ao professor Ideraldo e toda sua família assim como o colega Ricardo coloca em seu espaço, nós também sabemos que o professor e sua família sempre nos acompanha diariamente e que suas contribuições na educação de nosso município também acumulam um pedacinho em nossa estrada de vida, parabéns a ele e muitos anos pela frente.

Fonte: Jandaíra em Foco, Nota Jocelino Dantas


PARABÉNS!! FOI MEU PROFESSOR, QUE JESUS TE ILUMINE E TE PROTEJA LHE ABENÇOE SEMPRE MEU AMIGO E PROFESSOR  IDERALDO. 


Precatórios: Corregedora do CNJ defende abertura de processo contra desembargadores


A ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendeu a abertura de processos administrativos contra os desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro, apontados como participantes do esquema de desvios nos pagamentos de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN).
Na análise da magistrada, as provas coletadas já são suficientes para a abertura do processo contra os dois ex-presidentes do TJ/RN. A corregedora destacou que está defendendo apenas a abertura do processo administrativo sem juízo de valor ou julgamento prévio.
“As provas coletadas pelo Ministério Público Estadual, repassadas ao Ministério Público Federal, foram rapidamente repassadas ao STJ, que de rapidamente tomou a decisão de afastar os desembargadores. Vejo que as robustas provas testemunhais e documentais são suficientes para a abertura de um processo administrativo”, disse a ministra.
A ministra narrou para os colegas conselheiros toda a trajetória da história do escândalo dos precatórios desde o material apresentado pelo Ministério Público até sua vinda para Natal.
“Não estou dizendo que houve crime. Estou dizendo que houve uma total falta de preocupação. Como foi feito isso com tantos cheques e ninguém nunca descobriu isso?”, indagou.
Após a defesa da abertura do processo administrativo apresentada pela ministra Eliana Calmon, os outros ministros votaram por acompanhar ou não o voto da relatora. Se aberto, o processo terá até seis meses para ser concluído e colocado em julgamento. A pena máxima para a condenação é a aposentadoria compulsória proporcional ao tempo de contribuição, mas também pode haver incidência de penas mais leves como multa, censura pública ou transferência. Vale lembrar que o CNJ analisa a atividade dos integrantes do Poder Judiciário em qualquer de suas esferas.
Situação diferente pode acontecer no julgamento que pode acontecer no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STJ analisa a prática do crime e, em caso de condenação, os dois desembargadores podem perder esse direito a aposentadoria.

Após 07 dias, Jovem Universitária que ingeriu veneno de rato morre no Trauma em CG





Notícia


A Jovem Dlane Barbosa (foto), tentou suicídio no último dia 14/05, ingerindo grande quantidade de veneno para matar rato (chumbinho).

Dlane estava sozinha em seu apartamento que fica localizado à Rua João Capuxu  (Rua Estreita) no Centro de Pombal, no momento que praticou o ato impensado. Em seguida ela foi socorrida para o Hospital Regional de Pombal, onde sofreu parada cardíaca e momentos depois, devido a gravidade, foi transferida para o Hospital de Emergência e Trauma em Campina Grande.

A Família foi informada do falecimento de Dlane na madrugada desta segunda-feira (21).


A jovem era formada em enfermagem e trabalhava no Hospital Regional de Pombal.
 
É Sertão


Grávida sofre atentado por querer doar filho


Renata Carla Araújo, de 27 anos, sofreu vários golpes de faca peixeira nesse sábado (19) após confidenciar a seu companheiro que quando o filho deles nascesse, ela o doaria por não ter condições financeira para criá-lo.

A conversa com seu companheiro, o Roberto Nunes da Silva, ocorreu na cozinha da casa, enquanto ela cozinhava e num ato de ira, ele pegou uma faca peixeira e a agrediu. “A facada era pra acertar na minha barriga, mas eu coloquei a perna na frente”, disse Renata.

Os golpes feriram a perna e virilha dela, que foi socorrida e não corre risco de morte. Segundo os médicos ela só não abortou por sorte.

Renata ainda disse que no momento da briga Roberto estava bêbado e que não pretende mais continuar com o relacionamento, temendo pela sua vida e do seu filho que vai nascer.
 

FONTE: NOMINUTO.COM


 

Comissão de Finanças reprova contas de ex-prefeito Carlos Eduardo


Vereador Enildo Alves disse que houve irregularidades insanáveis nas contas de 2008, quando Carlos Eduardo foi prefeito.

Por Redação
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A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal do Natal analisou, nesta segunda-feira (21), o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) referente às contas do exercício de 2008 da Prefeitura do Natal. O vereador Enildo Alves (DEM) foi o responsável pelo parecer da comissão ao relatório do TCE. Por 3 votos a 1, a comissão foi contrária ao entendimento do Tribunal e reprovou as contas da gestão.



O vereador Enildo Alves disse que houve irregularidades insanáveis nas contas de 2008, quando Carlos Eduardo foi prefeito. De acordo com o parlamentar, atos administrativos do ex-prefeito concederam benefícios salariais a servidores durante período supostamente vedado pela Justiça Eleitoral. 

O relator também utilizou como argumento para a desaprovação a venda da conta única do município e utilização do recursos do fundo previdenciário do município. O entendimento foi acompanhado pelo vereador Maurício Gurgel (PHS).



Já o vereador Fernando Lucena (PT) também votou pela reprovação das contas do ex-prefeito. Contudo, o parlamentar disse que o motivo pelo qual foi favorável à desaprovação das contas foi o mesmo adotado para o voto contrário às prestações de contas de outros exercícios. De acordo com Lucena, a forma como ocorre a apreciação das contas públicas é desrespeitosa à CMN porque houve, neste ano, a apreciação de relatórios referentes a gestões de dez anos atrás. "Enquanto for dessa forma, vou votar contra sempre".



O único voto contrário ao relatório de Enildo Alves e, consequentemente, favorável ao relatório do TCE que aprovou as contas de Carlos Eduardo, foi do vereador Raniere Barbosa (PRB). O parlamentar rebateu pontos do parecer do vereador Enildo Alves, questionando a realização de uma suposta operação de crédito durante período ilegal e também os atos que concederam gratificações e incorporações a servidores. 

Além disso, Raniere também questionou o entendimento sobre o parecer de que o relatório do TCE é opinativo. "Vamos levantar os pontos durante a discussão em plenário. Não vejo argumentos suficientes para a desaprovação, e assim como o TCE também não viu", explicou.



A Câmara Municipal do Natal vai votar o parecer sobre o relatório do TCE na sessão ordinária de amanhã (22). Para que as contas sejam desaprovadas, são necessários 14 votos favoráveis ao relatório do vereador Enildo Alves.

FONTE: NOMINUTO.COM


S.O.S. Natal: madrugada com arrastão em prédio residencial


Em Natal, não se pode mais dormir em paz.
Nem em casas, nem em apartamentos.
Na madrugada desta segunda-feira (21), por volta das 2h30, homens armados, já de tocaia, aproveitaram o momento em que o porteiro foi ao banheiro, pularam  o portão do edifício residencialSeychelles, na Rua Pinto Martins, dirigiram-se à guarita e arrancaram todos os fios para desligar interfones e circuito interno de tevê.
Quando o porteiro voltou, renderam-no e levaram aos apartamentos – foram até o sexto andar – para fazer o arrastão.
O alvo mesmo eram bikes, dessas que chegam a ter o valor próximo ao de um carro popular usado. Está na ‘moda’ o roubo de bike na capital dos magos-inseguros.
Levaram seis. Depois tentaram levar carro com bagageiros. Mais pânico. Alguns moradores, surpresos com a campainha que tocava insistentemente, não abriram a porta.
Após tentativas de contato com a polícia, pelo 190, conseguiu-se. Acionaram com os bandidos ainda no prédio, mas a viatura chegou mais de uma hora depois. Encontraram apenas moradores em pânico.
 POR Abelhinha

ABC contrata destaque do Estadual


O ABC  acertou a contratação do ala Alexandre, destaque do Estadual pelo SC Santa Cruz.
Fica como opção para atuar como ala e para fazer o terceiro homem de meio, posição que Márcio Goiano estava buscando.
Uma ótima contratação.

 por Marcos Lopes




Guamaré contrata empresa de ex-prefeito por quase R$ 180 mil


Divulgação
dinheiro
A realização de festas enquanto a cidade sofre com a seca não é o único “fato curioso” que ocorre na gestão da Prefeitura de Guamaré. Isso, que foi noticiado pel'O JORNAL DE HOJE há cerca de duas semanas, pelo fato de ter sido gasto quase R$ 2 milhões com bandas no mesmo período em que se decretou situação de emergência devido à estiagem, pode ser completado com a situação diferente a qual a Prefeitura tem "trocado de mãos" nos últimos tempos. Tanto é assim que o ex-vice-prefeito, agora é prestador de serviço na área da saúde. O contrato para isso tem o valor global de R$ 178,5 mil.
E não faz muito tempo que Marcus Tullius Cícero de Farias Gomes não é mais vice-prefeito de Guamaré. O pedido de renúncia foi lido em Sessão Ordinária no dia 4 de novembro de 2011, ou seja, há pouco mais de seis meses. A saída, inclusive, foi em meio à polêmica. Afinal, nenhuma justificativa oficial foi dada, apesar de que, para alguns blogs da região, ele afirmou que iria se dedicar a carreira de médico e cuidar do povo de Baixa do Meio, distrito de Guamaré.
 
Esse “cuidado” todo pôde ser confirmado no dia 2 de maio. A empresa MT Serviços Médicos S/S LTDA, de propriedade de Marco Tullius, foi contratada pela Prefeitura de Guamaré para realizar exames de média e alta complexidade, destinada a atender ao Fundo Municipal de Saúde de Guamaré.
 
Interessante, também, é que a empresa MT Serviços Médicos, criada em 2007, tem sede em Caicó, cidade que fica a mais de 300 quilômetros de Guamaré. Foi em Caicó, também, que a Prefeitura contratou quatro empresas para “aquisição de material de construção para atender a manutenção e conservação dos prédios públicos do município”. O contrato que tem vigência até dezembro de 2012 custou R$ 405 mil e foi publicado no Diário Oficial do Guamaré.
 
RENÚNCIAS E NOVO PREFEITO
Atualmente como prefeito de Guamaré, Emilson de Borba, também conhecido como Lula, começou o ano de 2011 como vereador. Contudo, no final do ano, o então vice-prefeito Marcos Tulius renunciou ao cargo e o então prefeito, Auricélio dos Santos Teixeira ficou licenciado nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. Durante todo esse período, Emilson de Borba, como presidente da Câmara Municipal, foi o prefeito interino.
 
Em abril, o negócio foi oficializado. Com a confirmação da candidatura (a prefeito) de seu cunhado, Hélio Wilame, do PMDB, Auricélio dos Santos decidiu renunciar. Deveria haver uma votação indireta na Câmara, mas a Lei Orgânica da cidade foi alterada e Emilson de Borba foi elevado, oficialmente, ao cargo de prefeito.
 
MEMÓRIA
No início do mês, O JORNAL DE HOJE publicou matéria onde apontou que poucos dias depois de ter decretado estado de emergência devido à seca, Guamaré contratou bandas para se apresentar  nos festejos de 50 anos da cidade ao valor total de R$ 2 milhões. A cidade, que é uma das que mais arrecada com os royalties, já havia gasto, cerca de dois meses antes, R$ 5 milhões para a realização do carnaval.
 
Além disso, O JORNAL DE HOJE constatou que atrações como a dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano custaram aos cofres públicos R$ 450 mil, apesar de ter se apresentado em outras cidades já neste ano por um cachê médio de R$ 210 mil. A dupla, claro, não foi a única. No carnaval, por exemplo, Guamaré pagou R$ 270 mil pelo show do cantor Ricardo Chaves, que se apresentou nos mesmos dias em Assu, por R$ 90 mil.

fonte: tulio lemos


População de Parazinho reclama dos serviços da Oí.


Mesmo passando por grandes mudanças e avanços e em pleno desenvolvimento, o município de Parazinho conta apenas com a cobertura da prestadora de serviços telefônicos Oí.  Nos últimos dias com o aumento do poder aquisitivo da população o número de aparelhos celulares aumentou na cidade como também o uso dos serviços de internet disponibilizado pela Oí.

Diante disso,a cobertura da operadora tem deixado à desejar nos últimos dias. Para conseguir realizar uma ligação é preciso várias tentativas pois sempre a linha está congestionada e os telefones aparecem como ocupados.
Usuários da internet Velox disponibilizada pela Oí também reclamam da lentidão da rede e da dificuldade de conexão.

As empresas que estão instalando os parques eólicos em Parazinho e seus respectivos colaboradores que vem de outras regiões também reclamam da falta de opção quanto à  cobertura de outras operadoras na cidade.
 
FONTE: BLOG DE PEREIROS



Dublador não quer mais fazer a voz do Seu Madruga no SBT


Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações de O Fuxico
 (Divulgação/O Fuxico)
Para quem não conhece, Carlos Seidl é o dublador oficial do Seu Madruga na série antológica Chaves, exibida há 28 anos no SBT, sempre como um grande trunfo em busca de audiência. Para surpresa de todos, Seidl decidiu que não vai mais emprestar sua voz para o personagem,  nos novos episódios comprados pela emissora. Em conversa com O Fuxico, o ator explica que tomou esta decisão por não receber pelos direitos autorais por seu trabalho.

“Eles querem que a gente assine um contrato cedendo os direitos por 25 anos. Já se passaram 28 anos desde que começaram a exibir o Chaves sem pagar nossos direitos pela dublagem. Não vou assinar um compromisso de passar esses direitos. A cada vez que o SBT reapresenta diariamente a série, deveríamos receber por isso.”

Carlos diz que o pagamento pelas reprises diárias é algo previsto pela lei e o SBT quer pagar somente um cachê quando fizerem as novas dublagens e, depois, mais nada por 25 anos.

“Isso é uma coisa que todos pagam. A Globo sempre paga aos seus atores quando reprisam uma novela. Eles pagam todos os direitos. No SBT eles teriam de pagar por cada exibição também.”

A série conta com outros dubladores que devem voltar ao estúdio para dublar novos episódios comprados pelo SBT. Ao que tudo indica, os demais dubladores devem adotar uma postura diferente e reivindicar os direitos na justiça depois de dublar.

"Vão fazer o programa e depois entrar na justiça por todo o conjunto. Acho que se eu assinar o contrato abrindo mão desse direito autoral, como vou fazer para pedir esses direitos? Segundo os advogados é ilegal. Os direitos são devido a cada apresentação. Prefiro não  fazer”, explica Carlos.

Questionado se ele pretende, hoje, processar a emissora pelos 28 anos de não-pagamento, o ator não titubeia e diz que sim. O ator ainda afirma que já pensou neste assunto por diversas vezes e teve reuniões de todo o grupo de dubladores decidindo o que fazer, mas tudo ficou enrolado e ninguém processou.

“Agora vou entrar na justiça. A viúva do Marcelo Gastaldi [morto em 1995], que fazia o Chaves fez isso. Demorou 11 anos com essa causa, mas conseguiu. A primeira etapa foi para provar que o Marcelo não abriu mão dos direitos autorais dele. Teve uma solicitação que o SBT apresentasse documentos que teria vendido os direitos e eles alegaram que não deviam mais nada. Só nesta história foram seis anos, mas agora ela ganhou.”

Apesar de ficar de fora por motivos justos, o dublador fica ressentido por ficar de fora dos novos episódios do Chaves, já que este é um trabalho que Carlos gosta muito.

“Eu me sinto muito mal, é um personagem que eu gosto de fazer, tem uma ótima resposta dos fãs, mas esta é uma causa justa. A classe artística sempre é explorada neste sentido, faz por prazer e a outra parte sai lucrando.”

FONTE: DIÁRIO DE NATAL



Potiguares conectados


Internet para o povo
Acesso à rede mundial de computadores cresceu 12% entre 2005 e 2010 no RN, mas chega a apenas 20% dos lares
Paulo Nascimento // Especial para O Poti



Um grande salto, mas que ainda está distante do ideal. Os números apresentados em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um crescimento de aproximadamente 12% no número de domicílios com acesso à internet no Rio Grande do Norte entre 2005 e 2010. Ainda assim o número é considerado baixo e um tanto distante da média apresentada no Brasil. Os índices de bens duráveis confirmam a tese. Entre todos os pesquisados pelo instituto (geladeira, rádio, aparelho de televisão, etc), os índices de computadores e acesso à internet nas residências no Estado estão nas duas últimas posições, com respectivamente 25,40% (228.502 domicílios) e 19,88% (178.906) no universo de pouco mais de 899 mil domicílios encontrados em solo potiguar. O destaque acima da média fica por conta de Parnamirim, que contabiliza mais de 28 mil domicílios particulares (47%) com microcomputadores.

A presença dos computadores nas casas dos brasileiros praticamente triplicou nos últimos dez anos. As máquinas, porém, ainda não estão sequer em 50% das residências, alcançando hoje pouco mais de 38%, sendo que cerca de 30% têm acesso à rede mundial de computadores. Os números divulgados pelo IBGE, pesquisados no Censo 2010 (o primeiro a utilizar o critério de acesso à internet), apontam para uma presença de computadores em maior escala na região Sudeste, com 48% das casas com PCs e 39,6% com acesso à rede. A situação mais crítica com relação à inclusão digital encontra-se nas regiões mais pobre do Brasil: Norte e Nordeste. Ambas estão consideravelmente abaixo da média nacional, com 22,7% e 21,2% das residências com a presença do aparelho e apenas 15,4% e 16,8% do total apurado com acesso à internet, respectivamente.

A previsão, no entanto, é que este quadro melhore pelo menos na Região Metropolitana de Natal. A integração de vários projetos capitaneados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pode alterar a relação dos moradores e, principalmente, dos grandes órgãos privados e públicos com o acesso à internet, que hoje é lugar-comum ser considerado caro e de pouca qualidade.

O projeto da rede GigaNatal, que nasceu a partir de um programa federal de tornar as capitais do país "digitais", já está em funcionamento e com vistas de expansão para beneficiar inúmeros outros pontos, além do que o original previa. "A missão original era oferecer internet de banda larga para instituições federais instaladas na cidade. Interligar através de fibra ótica, por exemplo, o campus da UFRN com outros prédios do órgão como a faculdade de odontologia e o HUOL [Hospital Universitário Onofre Lopes]. A instalação da rede de fibra ótica começou em 2007 e hoje já temos mais de 40 km por toda cidade", explicou o professor doutor Edson Moreira Neto. 

Graduado em ciências da computação, com mestrado e doutorado na área de engenharia de redes, Edson é um dos integrantes do Ponto de Presença da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa no RN (PoP-RN), onde ocupa a função de coordenador técnico. O PoP-RN é responsável por gerenciar a Rede GigaNatal e também o projeto Metrópole Digital. E é destas duas veias que estão previstos saírem inúmeras ações relacionadas com a inclusão digital. Integrante da Redecomep (Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa), o projeto GigaNatal já conta com a participação de inúmeras outras instituições de fora do âmbito público, além de ligar as instituições públicas federais instaladas em Natal.

"O projeto já funciona como um consórcio de instituições. Temos parceria com a Petrobras, a Liga Contra o Câncer, o CTGás e também instituições privadas como a UnP (Universidade Potiguar) e a Uni-RN (Centro Universitário do RN). A manutenção da rede é dividida entre todos", conta o coordenador. Além dos já citados, integram a GigaNatal a Faculdade de Natal (FAL), o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Centro Regional de Natal (Inpe - CRN).
FONTE: DIÁRIO DE NATAL


CNJ avalia hoje processos contra desembargadores


Está na pauta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a sessão de hoje, o julgamento da Reclamação Disciplinar 0001755-69.2012.2.00.0000 contra os desembargadores Osvaldo Soares da Cruz e Rafael Godeiro Sobrinho, acusados pela ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça, Carla Ubarana, de terem participado com ela do esquema de desvio de dinheiro dos precatórios.
Eles já foram afastados do TJRN por determinação do Superior Tribunal de Justiça onde corre um inquérito aberto a pedido do Ministério Público Federal. As duas ações, tanto a judicial como a administrativa, foram abertas a pedido do Ministério Público Estadual.
De acordo com o regimento do CNJ, a Reclamação Disciplinar deve ser proposta diretamente à Corregedoria Nacional de Justiça. Se for configurada a evidência de possível infração disciplinar atribuída a magistrado e se as provas forem suficientes, a Corregedoria proporá então ao plenário a instauração de processo administrativo disciplinar, destinado a apurar responsabilidades de magistrados por infração praticada no exercício de suas atribuições. Se o plenário decidir a instauração do processo disciplinar, será designado um relator que irá fazer a instrução.
O Conselho Nacional de Justiça tem competência administrativa. Ou seja, o órgão pode aplicar penas disciplinares de acordo com o que diz o Estatuto da Magistratura. As penas previstas na Lei da Magistratura vão desde advertência e censura, aplicáveis somente aos juizes de primeira instância, passando pela aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, e até mesmo a demissão.
No entanto, a demissão só é possível, de acordo com a Lei Orgânica da Magistratura, se o magistrado for condenado em ação penal por crime comum ou de responsabilidade. Ou seja, os desembargadores só correm o risco de demissão depois de julgado o processo no STJ. A penalidade máxima que o CNJ poderá aplicar, depois de terminado o processo disciplinar, é a aposentadoria compulsória.
A expectativa é de que seja aprovado o afastamento dos dois desembargadores, já que o próprio STJ já decidiu nesse sentido, mas sem perda dos seus salários e vantagens pessoais até que haja a decisão final do julgamento.
Fonte : Novo Jornal/ BLOG DO BG

'Eu vivi o que pouquíssimas pessoas puderam viver', diz Xuxa




FONTE: G1 / FANTÁSTICO
Eu tenho orgulho de dizer que eu sou suburbana, mas até do que ser do interior, eu sou do subúrbio. Quando eu me lembro de Bento Ribeiro , me vem o trem, me vem eu tomando banho de sol na laje. São coisas que não saem da minha cabeça, eu adoro!

Dos cinco irmãos, a minha irmã Sola era um pouco distante de mim, a Mara era muito mandona, o Cira quase não falava comigo. Blad que cuidava de mim o tempo todo.

Eu tenho essas coisas: mãe muito presente, pai não presente. A mãe dando muito carinho. A gente recebia beijo do pai só no Natal e Ano Novo. E o meu pai, que era uma pessoa militar, distante, a gente tinha que chamar de Seu Meneghel. A gente nunca falava ‘pai’, era sempre ‘o senhor quer isso, o senhor quer aquilo’. Faltava quase bater continência para ele.

O começo
Uma das apresentadoras de TV mais queridas do Brasil. Uma gaúcha de origem simples, filha de militar, que há mais de 30 anos saiu do subúrbio para o estrelato. Foi modelo e depois virou atriz e cantora. Ficou famosa graças ao seu jeito todo especial de lidar com as crianças. Xuxa, a Rainha dos Baixinhos, todo mundo sabe quem é. Mas agora você vai conhecer Maria da Graça Meneghel. É um depoimento corajoso. Revelador. Emocionante. Aos 49 anos, Xuxa se sente pronta para contar o que viu da vida. 
Quando estava voltando da ginástica olímpica, um garoto estava sentado do meu lado no trem, ele estava com bastante revista, e eu fiquei olhando. Chegou uma hora e eu falei: ‘Posso olhar uma?’. E minha irmã me olhou com uma cara do tipo: ‘Você vai puxar assunto com um cara que tu nem conhece no trem?’. E aí eu pedi desculpa, mas o cara me mostrou um monte de revista. E eu fiquei lá olhando as revistas, adorei. E aí ele chegou e falou: ‘Você gostaria de ser modelo?’. Eu tinha 15 anos. Eu falei: ‘Não. Não sou bonita. Não sou fotogênica’. Eu desci em Bento Ribeiro e ele me seguiu. Aí fui até em casa e depois de um tempo ele bateu na porta. Ele mostrou a identidade e disse: ‘Eu trabalho na editora Bloch, mas eu trabalho no arquivo, arquivando revista. ‘Você não tem nenhuma foto que você possa me dar?’. Eu chamei minha mãe e ela disse: ‘Não, ela não quer isso’. E eu falei: ‘Ah, mãe, eu não quero porque todo mundo acha que eu sou feia, mas eu acho que eu quero’. Aí ela perguntou: ‘Você quer?’. Eu sempre gostei de aparecer.

Quando eu comecei a fotografar com 16 anos, foi uma coisa estrondosa. As pessoas começaram a me chamar demais para fazer fotografia. Então com 16, 17 anos eu já sustentava a minha família.

Uma vez, também falar de um trabalho que eu estava fazendo, veio o Maurício Sherman, olhou pra mim e falou: ‘Quer trabalhar em televisão?’. Eu falei: ‘Caraca, como assim trabalhar em televisão?’. ‘Você tem uma coisa de Peter Pan, você tem uma coisa da Marilyn Monroe, tem o sorriso da Doris Day. Eu acho que criança vai gostar’. Eu falei: ‘Mas tem certeza?’.

Os amores Nunca fui muito namoradeira. Me arrependo hoje. Acho que eu deveria ter aproveitado mais. Mas eu chamava atenção mais de homens, dos maiores. E isso me deu muito problema.

Eu tinha 17, fui fazer a capa de uma revista e era ‘Minha liberdade vale ouro’. E ele mandou chamar uma morena, uma loira, uma negra e uma ruiva. Todas vestidas de dourado. A morena era a Luiza (Brunet), a loira era eu. Só que na foto ele (Pelé) virou um pouco mais pra mim, então ele saiu com a mão mais me tocando. E as pessoas queriam saber quem era essa pessoa que ele saiu mais virado. E começaram a falar que a gente estava namorando, e eu não estava namorando ele.

Ele tinha convidado todo mundo para sair depois dessa foto. Na realidade ele gostou foi da Luiza. Mas a Luiza era casada. Aí ele começou a conversa comigo, ligava bastante, queria falar com a minha mãe, mandava flores para minha mãe. E as pessoas começaram a falar cada vez mais. E um dia ele me deu um beijo. Me deu um frio na barriga, aí eu achei que estava gostando dele. E ele foi uma pessoa muito importante pra mim, eu gostei muito dele. Aprendi muita coisa boa, muita coisa ruim. Eu fiquei seis anos com ele. Ouvia muita gente falar que era porque ele era conhecido, ser famoso. Esse foi um dos motivos que eu quis me separar dele logo no início quando eu vi que estava gostando de verdade dele. Pena que eu era muito nova e ele muito conhecido e bem mais velho e não deu valor a isso.

Um dia eu olhei uma revista e estava o Senna numa fazenda. E eu
pensei: ‘Olha só, um cara que gosta de bicho que nem eu, um cara com grana que não vai querer minha grana, um cara conhecido que não vai querer se aproveitar de mim, mas já tem namorada’.

E aí demorou uma semana, dez dias, ele ligou para a Globo, para tudo que era lugar, para me procurar. Atendi o telefone e ele disse: ‘Eu quero te conhecer’. E eu não podia falar: ‘Não, não quero’, porque eu tinha falado há pouco tempo, para todo mundo ouvir, que eu queria conhecer o cara. Aí eu falei: ‘Mas eu tenho um show para fazer’. E ele disse: ‘Mas eu vou mandar o meu aviãozinho te buscar’. E eu disse: ‘Eu não ando de aviãozinho porque eu passo mal’. E ele disse: ‘Não fica chateada não, mas eu tenho um avião um pouquinho maior’.

A gente se olhou, em vez de se cumprimentar a gente se tocou. A gente em vez de se beijar, a gente meio que se cheirava. Ele tinha um astral muito diferente. A gente ficou conversando horas e ele falou pra mim: ‘O que você vai fazer amanhã?’. E eu disse: ‘Vou ver minha avó’. Aí ele falou: ‘Vou conhecer a sua avó então’. Ele era muito rápido nessas coisas, mas a gente ficou se falando por uns 15 dias. Falando mesmo, não teve beijo, não teve nada, se conhecendo. Até achei esquisito: ‘Gente, será que ele não está interessado?’ Porque eu já estava muito interessada.

Mas quando a gente ficou junto, a gente não se largou, foi um negócio muito doido. Era como se tivesse uma coisa que encaixa de uma maneira tal. Ele gostava das coisas que eu gostava, das mesmas cores, não gostava das frutas que eu também não gostava. Eu sempre gostei de correr e eles sempre gostou de criança. Então se eu fosse homem eu queria ser corredor e ele dizia que se ele fosse mulher ele gostaria de ter a profissão que eu tinha. Então parecia que a gente se completava de uma maneira. Eu estava trabalhando muito e ele trabalhando muito também. Aí eu me separei dele, a gente se separou. A única pessoa que eu pensei realmente em me casar foi com ele. E eu achei que iria reencontrá-lo e que a gente ia ficar junto.

Ele morreu num domingo. No sábado, eu falei assim: ‘Onde é que ele vai correr?, por que eu vou atrás dele’. Aí todo mundo: ‘Mas ele tá namorando’. Eu disse: ‘Eu sei, mas eu vou atrás dele, vou olhar pra ele e vou ver se eu sinto tudo isso que eu acho que eu sinto e se ele ainda sente alguma coisa por mim e a gente vai ficar junto’. Aí no domingo ele foi embora. Tem muita gente que passa nessa vida sem conhecer uma pessoa que se encaixa desse jeito. Se existe a palavra alma gêmea, a minha alma gêmea estava ali na minha frente. Ele tinha tudo que eu queria, até eu desconfiava. ‘Não pode ser, esse cara deve ter lido o que eu gosto de alguém assim’, porque ele fazia tudo que eu queria, ele tinha o cheiro que eu queria. Não pode ter tudo numa pessoa só. Tem que ter defeito, e eu não conseguia. A gente ficou dois anos juntos, um ano e oito meses. Depois a gente se separou e ficou mais dois anos se vendo quase sempre. Um dia a gente vai se encontrar de novo.

O preço da fama Eu não tinha liberdade nenhuma, eu não tive privacidade nenhuma por um bom tempo. Antes de eu entrar em qualquer lugar as pessoas tinham que entrar na frente pra ver se tinha gente embaixo da cama, dentro dos armários e muitas vezes encontravam gente no armário, gente embaixo da cama. Até hoje eu acho que o preço mais alto é isso. Eu não tenho liberdade pra fazer as coisas que eu gostaria de fazer às vezes. Eu não me privo de ir a um shopping, eu não me privo de fazer compras, mas é meio que quase um evento. Às vezes eu atrapalho as pessoas, às vezes as pessoas nas lojas se sentem mal porque muita gente começa a querer entrar, quebrar, arrebentar. Então eu me sinto muito mal com tudo isso. Se eu vou num lugar público, eu acabo atrapalhando, seja o que for. Uma vez o Mickey veio falar comigo, falou que me amava, escreveu, porque eles não podem falar. E foi correndo chamar a Minnie. E minha filha do lado: ‘Pô, mãe, até o Mickey e a Minnie’. ‘Pô, Sasha, desculpa’.

Esse é o preço que eu pago. As pessoas que têm a liberdade de ir e vir e fazer as coisas que eu não posso fazer, não podem viver o que eu vivo, não podem ter o que eu tenho. Então eu aprendi que isso é o preço. Alto, mas eu tenho muita coisa. Porque eu estou exposta a isso, eu vivo isso. Não só aceito, como gosto, como quero. O dia que eu sair e uma criança não olhar pra mim, não quiser falar comigo, eu vou dizer: ‘Opa, tem alguma coisa errada’.

A assessoria do Michael Jackson estava querendo que ele casasse, tivesse filhos. E eles estavam buscando uma pessoa. Nessa época eu estava trabalhando na Espanha. Fui chamada para o show dele. E eu, obviamente como fã dele, era louca por ele, falei: ‘Eu vou ver!’. Tirei foto com ele, essas coisas todas. Ele estava chupando pirulito, eu peguei o pirulito que ele estava chupando e levei que nem fã.

Mas logo depois me chamaram pra ir pra Neverland, as pessoas queriam que eu falasse com ele. Ele sabia tudo da minha vida, ele leu tudo sobre mim. Cheguei lá, fui jantar com ele, a gente viu filme juntos, essas coisas todas.

E depois veio uma proposta do empresário dele: se eu não pensava em de repente ficar com ele. Eu falei: ‘Como assim?’. É porque ele gostaria de ter filhos, casar. E eles achavam muito legal ter essa junção. Uma pessoa que trabalha com criança na América do Sul e ele que gosta de criança. Ele me mostrou só as coisas de criança. Todos os clipes dele. Chorei, obviamente que eu ia chorar. Do lado do Michael Jackson, sentada no cinema, na casa dele. Como eu não ia chorar. Chorei, me debulhei. Ele pegava na minha mão, e quanto mais ele pegava na minha mão mais eu chorava. Pra mim é um ídolo, mas de ídolo pra outra coisa era muito diferente. Então não rolou. Minha resposta, obviamente, foi não. Eu fico com a pessoa que eu me apaixono.

A mulher A coisa mais difícil é o cara me aceitar do jeito que eu sou. Eu sou complicada pra caraca. Eu sou muito independente, eu gosto de fechar a porta do meu carro, gosto de dirigir, não gosto que ninguém pague as minhas contas, eu gosto de liberdade, já que eu tenho tão pouco.

Não abro mão de ficar perto da minha filha por homem nenhum. Meu trabalho está na frente porque também é uma coisa que eu preciso pra poder ajudar todo mundo. Minha fundação depende de mim, minha família depende de mim, minha filha. E eu preciso disso pra me sentir viva, me sentir melhor. Aí eu vou deixando porque talvez um dia esse homem vá aparecer na minha frente, bater na minha porta, como já aconteceu e rolar. E não rola assim. Não existe isso. Não vai ter essa segunda vez. Esse alguém batendo na minha porta e dizendo: ‘Eu sou tudo isso que você quer, estou aqui para você’. Então eu não estou procurando.

Mas às vezes, posso te dizer na boa, corre sangue aqui dentro e hormônio. Isso que é o pior. Esses hormônios é que matam a gente. Eu estava crente que quando eu chegasse aos 50 ia chegar calminha. Que nada! Aí se você me perguntar, eu vou dizer: ‘Faz falta, faz muita falta’. Em quatro paredes, eu dependo muito do cara. Mas até chegar em quatro paredes é que a coisa complica. Quando chega nas quatro paredes, eu e ele, ele e eu, aí eu não penso em mais nada. Não penso em trabalho, não penso em nada, não penso em ninguém. Aí as poucas pessoas que me conhecem dizem assim: ‘Nossa, mas eu não achava que você era assim!’ Por quê? Como eu ia ser? Queria muito saber o que passa na cabeça das pessoas.

O tempo, pra gente que trabalha em televisão, é um pouco cruel. Porque
eu canso de falar isso: ‘Nossa como aquela mulher era bonita e ela agora está horrível’. E o tempo faz com a gente, as coisas caem, vão embora, descem. Eu já falei: às vezes dá vontade de dar uma puxadinha, fazer igual minha chuquinha, puxar tudinho, cortar e costurar, mas não dá pra fazer isso. E eu entendo que as pessoas ficam afoitas porque a televisão agora mostra os poros, mostra os detalhes todos. Então as pessoas querem puxar aqui, puxar ali. Fica todo mundo com a mesma cara. Fica todo mundo igual. E eu não quero ter essa cara de tamanco. Então eu vou ficar velhinha e todo mundo vai dizer: ‘Nossa, como ela era e agora olha como ela ficou’.

A luta Quando me chamaram pra fazer a campanha do ‘Não bata, eduque”, que seria tentar mudar a cabeça das pessoas. E descobri que as crianças que estão na rua, 80% das pessoas que estão nas ruas se prostituindo - a palavra nem seria essa, porque elas não sabem o que estão fazendo-, roubando, se drogando, sofreram algum tipo de abuso dentro de casa. Algum tipo de violência dentro de casa que fez com que ela saísse.

E quando as pessoas começam a me falar sobre as histórias dessas crianças, que muitas vezes isso acontece dentro de casa, ou com o pai, ou com a mãe, ou com o tio ou com o melhor amigo do pai, ou padrasto. Ou
seja: alguém muito conhecido dentro de casa que acabou abusando sexualmente dessa criança e ela resolve sair de casa. Mas para ela poder comer ela acaba fazendo isso nas ruas.

Isso me dá um embrulho no estômago porque eu consigo não só me colocar no lugar delas, como eu abracei essas causas todas porque eu vivi isso. Na minha infância até a minha adolescência, até os meus 13 anos de idade foi a última vez.

Pelo fato de eu ser muito grande, chamar a atenção, eu fui abusada, então eu sei o que é. Eu sei o que uma criança sente. A gente sente vergonha, a gente não quer falar sobre isso. A gente acha que a gente é culpada. Eu sempre achei que eu estava fazendo alguma coisa: ou era minha roupa ou era o que eu fazia que chamava a atenção, porque não foi uma pessoa, foram algumas pessoas que fizeram isso. E em situações diferentes, em momentos diferentes da minha vida. Então ao invés de eu falar para as pessoas, eu tinha vergonha, me calava, me sentia mal, me sentia suja, me sentia errada. E se eu não tivesse uma mãe, se eu não tivesse o amor da minha mãe, eu teria ido embora, porque o medo de você ter aquelas sensações de novo, passar por tudo isso, é muito grande. Só que eu não falei pra minha mãe, eu não tinha essa coragem de falar com ela. E a maioria das crianças, dos adolescentes passa por isso.

Eu não me lembro direito porque eu era muito nova, eu me lembro do cheiro. Tinha cheiro de álcool, tinha cheiro de alguma coisa e eu não sei quem foi. E depois aconteceram muitas vezes. Parou aos 13 anos, quando eu consegui fugir. Agora tem essas coisas que pra mim doem, me machucam, me dá vontade de vomitar. Quando eu lembro que tudo isso aconteceu e eu não pude fazer nada porque eu não sabia, eu não tinha experiência. O que uma criança pode fazer? Eu tinha medo de falar pro meu pai e meu pai achar que era eu que estava fazendo isso. Porque uma das vezes que aconteceu foi com o melhor amigo dele, que queria ser meu padrinho. Eu não podia falar pra minha mãe, porque uma das vezes também foi com um cara que ia casar com a minha avó, mãe dela. Então, a errada era eu. Eu não tinha experiência, não sabia o que era. Professores. Um professor chegou pra mim e disse: ‘Não adianta você falar porque entre a palavra de um professor e de um aluno eles vão acreditar no professor, não no aluno. E até hoje, se você me perguntar por que aconteceu comigo, eu ainda acho que foi por minha culpa. E a gente não pode pensar assim. Porque a criança não tem culpa, a criança não sabe. O cara, o adulto, o homem, a mulher, a pessoa que faz isso com uma criança sabe, mas a criança não.

Talvez eles deveriam ter notado que quando eu não estava falando muito, eu que sou de falar demais, é porque estava acontecendo alguma coisa comigo. Mas na inocência da minha mãe, que casou tão nova e com cinco filhos, ela não reparou que eu que falava muito, em alguns momentos eu me calava. Por que você acha que eu não consigo casar e ficar muito tempo com uma pessoa? Deve ter uma explicação. Quem sabe não deve ser tudo isso que eu vivi? O fato de eu me achar horrível, me achar feia, e as pessoas falarem: ‘Não, é bonita’. E eu falar: ‘Não, não sou’. Deve ter a ferida ali.

Eu nunca falei pra ninguém porque eu achava que as pessoas vão me olhar diferente. Ou talvez não vão entender. Ou vão entender da maneira delas. Mas eu só queria dizer que eu não entendo muitas vezes porque aconteceu comigo. E porque eu não falei. E por que eu não soube dizer não, eu não sei. Talvez eu tivesse que passar por tudo isso pra hoje eu chegar e dizer: ‘Eu quero lutar por elas’. Eu tenho um sonho de um dia nenhuma criança sofrer nada porque criança é um anjo. Aquele cheiro, que eu gosto de cheirar o pescoço, que tem...

O que eu vi da vida Eu vi o que poucas pessoas puderam ver. Eu senti o que poucas pessoas puderam sentir. Eu vivi o que pouquíssimas pessoas puderam viver. Eu vi o amor verdadeiro através da minha mãe. Eu vi o amor verdadeiro através das crianças. Eu acho que poucas pessoas viram ou viveram isso. E eu vivi um grande amor na minha vida que foi rápido. Porque tudo pra ele era muito rápido, e que poucas pessoas puderam viver e sentir, tão rápido e tão forte. E as outras coisas que eu vi que eu não gostei, parece que eu vi um filme, parece que eu não vivi. Então eu deixo só as coisas boas.

Quem autorizou o Fantástico a entrevistar Carla Ubarana e a ter acesso a mansão, casa e ao Tribunal de Justiça?


Tudo mundo ficou espantado, estarrecido, perplexo, horrorizado, embasbacado mesmo com a frieza com que Carla Ubarana, ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN), falou tranquilamente ao Fantástico sobre como foram realizados os desvios nos pagamentos judiciais feitos nos últimos anos.
Uma entrevista realmente bacana que espalhou esse sentimento para todo o Brasil. O Rio Grande do Norte foi matéria nacional de destaque.
Mas fica a pergunta porque ainda repercute o assunto: quem foi que autorizou a senhora Carla Ubarana a dar a entrevista? Afinal, ela se encontra sob custódia do Estado em prisão domiciliar vigiada diariamente por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Quem foi que autorizou a entrada da equipe de reportagem do Fantástico a entrar na mansão de Baia Formosa. Quem autorizou a equipe da globo ficar mais de duas horas na casa dela aqui em Natal? Quem autorizou a equipe filma até a parte interna do TJ?
O BG sabe que não foi o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP/RN). Quem foi então? Foi a 7ª Vara Criminal de Natal? Foi o próprio TJ? Será que se confirma essa história que um desembargador saiu ligando para as pessoas para que a reportagem tivesse acesso?
Porque ninguém da imprensa local conseguiu entrevistar Carla? Porque 
ninguém da imprensa local teve acesso à mansão? Porque só o Fantástico?
FONTE: BLOG DO BG