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domingo, 8 de janeiro de 2012

Empresas movimentam R$ 255 milhões


Empresas movimentam R$ 255 milhões

Publicação: 08 de Janeiro de 2012 às 00:00
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Margareth Grilo
Repórter especial

Embora, hoje, não seja o veículo predominante na cidade, o  ônibus é o principal meio de transporte público urbano. Não é à toa que o setor movimenta, por ano, R$ 225 milhões - montante que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de Natal [IBGE/2009]. Por mês, o faturamento, por veículo, é de R$ 27.695,72, segundo estudos da para a  Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob).

Nas ruas, 696 veículos cobrem 73% da área do município, ou seja, 124 km2, com as atuais 95 linhas estabelecidas pela Semob. As sete empresas de transporte coletivo transportam, mensalmente, mais de 8,2 milhões de passageiros, alheios a uma questão fundamental para a melhoria do serviço: a licitação do transporte público. Esse é um processo que já deveria ter ocorrido desde junho de 2010, quando encerrou a validade das permissões às empresas de transporte público. O setor vive de permissões concedidas pela Prefeitura de Natal desde 1990.
Adriano AbreuAumento no número de veículos que circulam em Natal engarrafa trânsito e atinge transporte públicoAumento no número de veículos que circulam em Natal engarrafa trânsito e atinge transporte público

A negociação não é a primeira e não vai ser a última, segundo Augusto Maranhão. "Diante da descapitalização e da necessidade de renovação da frota, o que exigirá a licitação, as empresas estão se preparando para enfrentar a licitação, em condições de vencer", afirmou. Ele revelou que mais duas empresas, a Cidade do Natal, da qual é o maior acionista, e Conceição estão na mira de novos investidores.

"A minha empresa deve ser incorporada pelo grupo Agnelo Cândido, que já controla a Santa maria e a Reunidas; e a Conceição está sendo auditada pela Trampolim da Vitória. Estamos nos associando a grupos mais fortes", adiantou Augusto. O empresário desabafou: Isso é resultado de anos e anos de irresponsabilidade do setor público para com as empresas, ao não estabelecer reajustes reais. Nesses anos [onde predominaram as permissões] as empresas ficaram reféns do executivo municipal.

Uma das empresas, a Transportes Conceição ganhou ação na justiça, que pede R$ 30 milhões, por defasagem no valor tarifário, entre 200 e 2010.  A Prefeitura do natal recorreu da decisão da Justiça. Augusto criticou a rotatividade na titularidade na Semob. "Não tem secretaria que possa ter planejamento com uma rotatividade tão alta de titulares". Elizabeth Thé, atual titular da pasta, é o terceiro nome que passa pela Semob. Antes estiveram na titularidade do órgão, Kelps Lima e Renato Fernandes da Silva.

Por não existir uma forma clara, estabelecida em contrato para a política tarifária - afirmou o secretário adjunto de Trânsito, Haroldo Maia - os empresários alegam sempre defasagem e quebra-quebra do sistema. "A insegurança que existe hoje dá margem para ele falar que está quebrado, que está falido, que não existe equilíbrio econômico financeiro. Mas nenhum deles quer entregar o negócio, deixar de operar".

Bate-papo
Jefferson Pedrosa » Secretário adjunto de transporte

Como melhorar o trânsito da cidade para que o transporte pública flua melhor?

Acho que transporte, aliás, que trânsito em qualquer cidade do mundo só se resolve com transporte de qualidade.  E nós só podemos transformar, modificar e melhorar o trânsito de nossa cidade, além evidentemente dos projetos viários, de mobilidade, que estão sendo executados, nós só vamos ter condições de sanar o problema do trânsito quando tivemos rede de transporte adequada, bem planejada, bem projetada; quando tivemos nossos corredores de transporte exclusivo em funcionamento; quanto tivemos a nossa rede de transporte da região metropolitana integrada com a região urbana. Nesse momento, teremos a solução para o trânsito.

A licitação vai ajudar nisso?

Sem dúvida, a licitação vai ajudar e muito e, provavelmente vai trazer a resposta daquilo que tanto desejamos, que é a melhoria do nosso transporte na qualidade. O que eu quero dizer também é que é importantíssimo - e já começamos a pensar em nível de região metropolitana, e mesmo de transporte urbano, na questão do BRT. Ele é fundamental. As cidades que  já estão implantando o BRT são cidades que já estão bem avançadas no transporte e que sem dúvida Natal, sem dúvida, tem que pensar nisso. É uma grande ferramenta de auxílio nos transportes públicos urbanos.

Há algum projeto em vista para 2014?

Não, ainda não tem nenhum projeto definido de BRT, já para as obras de mobilidade da Copa. Nós estamos em estudo, conhecendo o sistema de BRT, visitamos algumas cidades que implantaram o sistema,c omo belo Horizonte, e tem logrado muito êxito. Fora do país, Bogotá já há muito tempo tem e funciona perfeitamente bem. É um modelo de transporte adequado e rápido para o transporte público. 

Como o senhor classifica o serviço de transporte público em Natal? É de qualidade?

Veja bem, a rede, que foi constituída ao longo desses últimos 30 anos, evidente que ela está superada. Por isso, que estamos fazendo a nossa licitação para trazer melhoria de transporte na nova rede que será determinada na licitação. 

O valor da tarifa é compatível com o serviço oferecido?

Acho que a tarifa está equilibrada. Inclusive os técnicos que trabalharam envolvidos na última tarifa tiveram preocupação de avaliar essa planilha, de forma muito criteriosa. Pelas distâncias que nós temos, pelas condições da malha viária e de trafegabilidade de nossas vias, pela dificuldade de fluidez do trânsito, acho que é uma tarifa real, porque tudo isso complica, gerar custos.

Enquete 

Jefferson Santos Andrade, comerciário, mora no Conjunto Vila Paraíso (Igapó)

"Hoje, o transporte é péssimo. Pelas condições do serviço que eles oferecem, o que se paga é muito caro. A demora é o pior. Pego normalmente a linha 67 ou a 70 [Praça Cívica e Ribeira], e sempre fico muito tempo esperando. Tem dias que espero 30 minutos". 

Márcio Zanim, cozinheiro, morador do Soledade

"Eu pego dois coletivos para ir e para voltar do trabalho, que é na Via Costeira. Geralmente, a linha 84 ou 85, e depois a 56. Quando agente sai, às 22 horas, que vai retornar para casa, fica complicado. Tem que esperar o corujão, que passa de hora em hora, e quando quebra não tem ônibus. Ontem (quarta-feira, 4) fui pegar um às 23h30. Não tenho como dizer que é bom." 

Janeide Tavares do Nascimento, auxiliar de escritório, moradora do Soledade

"Não está bom por conta da demora, dos horários que não são cumpridos, porque as ruas são todas esburacadas e porque o trânsito atrapalha muito as viagens. Os ônibus sempre estão lotados, tem assaltos dentro dos ônibus e ninguém toma providência ".

Eva Maria Pereira, dona de casa, moradora de Nova Parnamirim

"Pela manhã e no final da tarde, depois das 17 horas, são os piores horários. Vem sempre lotado, até porque aqui só tem duas linhas, um Praça e outro Alecrim. Tem vez, entre 18h e 19h, que demora mais de uma hora e quando passa vem lotado, nem para. Não como entrar mais ninguém. Acho que devia ter mais ônibus nas linhas e mais segurança".

Brasil tem potencial para atender à demanda mundial de alimentos, diz secretário


Brasil tem potencial para atender à demanda mundial de alimentos, diz secretário

Publicação: 08 de Janeiro de 2012 às 16:47
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O Brasil deverá ser nos próximos anos um dos países em desenvolvimento com melhores condições de atender à demanda de alimentos em nível mundial, disse o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto. Para ele, se alinham ao Brasil com esse potencial os demais países do Brics (grupo integrado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e a África do Sul). Segundo Porto, essa expectativa baseia-se no fato de o bloco envolver 43% da população mundial e ocupar 40% das terras do planeta.

O secretário lembrou que a experiência brasileira no desenvolvimento da agricultura em clima tropical se torna importante para o Brics, que reúne países com o mesmo clima em algumas áreas. "A preocupação do bloco é com o abastecimento e a segurança alimentar em nível mundial. Nesse ponto, os países-membros estão solidários com as nações mais pobres da África, que estão vivendo escassez de alimentos por causa da seca", disse Porto.

O secretário destacou que o Brasil, isolamente, tem grande potencial para aumentar a oferta de alimentos não só no mercado interno mas também para exportação e, por isso, é visto como estratégico para a alimentação do mundo nos próximos anos. A prioridade que o Brasil dá à produção de alimentos em áreas de baixo carbono, com a utilização de terras degradadas, hoje improdutivas, poupando o meio ambiente da exploração de novas áreas, é vista com simpatia por todos os países, segundo Porto.

Em sua última reunião, realizada em novembro de 2011, os países do Brics criaram cinco grupos de trabalho para compartilhar experiências e ajudar o mundo a sair da crise atual. Um desses grupos discute formas de assegurar o acesso à alimentação das camadas mais vulneráveis da população mundial. De acordo com Célio Porto, a experiência do Brasil com o Fome Zero estimulou a África do Sul a desenvolver programa com nome semelhante para atender à população mais pobre.

A escassez de alimentos em regiões pobres da África deverá ser abordada em junho deste ano, na reunião Rio+20, que será realizada no Brasil. Porto lembrou que os cinco países do Brics têm diretrizes comuns, mas planejam suas ações de forma individual. Segundo ele, o esforço do Brasil para se aproximar da África pode fazer com que outros países cooperem com nações mais pobres. "Embora o Brasil não tenha tantos recursos como os países desenvolvidos, detém experiências importantes que pode repassar para os demais."

Fonte: Agência Brasil

Ponteio


Política
Edição de domingo, 8 de janeiro de 2012 
Ponteio


Antecipando outubro
A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio Grande do Norte já mandou o recado com bastante antecedência: vai combater a propaganda eleitoral antecipada e com todas as armas que a legislação indica. A propósito, quais atos, condutas e ações configuram propaganda eleitoral extemporânea? Uma vaquejada entre amigos, com distribuição de brindes e de promessas de dias melhores para o município passa pelo crivo da lei? Claro que não. É o que mais se observa por estes terreiros, do litoral ao sertão. Em muitas Comarcas os promotores já expediram as recomendações. Quem avançar o sinal poderá enfrentar situação difícil quando for registrar a candidatura. E as tais festas de emancipação política, com muitos gastos e promessas vãs? Também não pode, mas quase todo dia há uma. Distribuição de cesta básica pode, claro. Afinal o Brasil é o país dos regalos, mas o programa assistencial deve ser contínuo, criado no ano anterior ao pleito. Toda essa encrenca decorre do processo político que criou o instituto da reeleição. Se antes combatia-se - e ainda é combatido - o abuso econômico, agora a vigilância inclui até o discurso político. Prometer não pode, só no palanque durante o período de campanha. Temas como financiamento público de campanha passam ao largo e a tão esperada reforma política não avança nas duas casas do Congresso Nacional. Como a norma (a reforma) não vem, a legislação eleitoral acaba invadindo outra seara. A sucessão municipal já começou. E no interior é briga de rato e gato.

Entrevista Fátima Bezerra // "PSDB e o DEM são responsáveis pela situação que Natal vive hoje"


Política
Edição de domingo, 8 de janeiro de 2012 
Entrevista Fátima Bezerra // "PSDB e o DEM são responsáveis pela situação que Natal vive hoje"

Allan Darlyson // allandarlyson.rn@dabr.com.br

Juliska Azevedo // juliskaazevedo.rn@dabr.com.brEdílson Braga // edilsonbraga.rn@dabr.com.br

Apesar de apoiar a união dos partidos da base da presidenta Dilma Rousseff (PT) na composição das chapas de prefeito nos principais municípios do Rio Grande do Norte, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) defendeu, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, que o grupo formado por PT, PSB, PDT, PCdoB e possivelmente PSD lance múltiplas candidaturas à Prefeitura de Natal, deixando a união para o segundo turno. Ela descartou qualquer possibilidade de ir para a disputa. Defendeu o nome do deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Questionada sobre a possibilidade de disputar o Senado em 2014, a parlamentar se mostrou simpática à ideia, mas disse que a composição da chapa do próximo pleito estadual passará pelo resultado das eleições deste ano. Segundo Fátima, o bloco partidário do qual o PT faz parte precisa reconquistar Natal e ganhar em colégios eleitorais expressivos para se fortalecer. A deputada também avaliou o primeiro ano de gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e falou sobre os principais projetos debatidos durante o ano de 2011 na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal.


Eduardo Maia/DN/D.A Press
A senhora descarta a possibilidade de ser candidata a prefeita novamente?

Isso aí está descartado. O PT tem candidato, que é o deputado estadual Fernando Mineiro.

A senhora disputou a eleição de 2008 contra a prefeita Micarla de Sousa (PV). Em 2010, foi a deputada federal mais votada de Natal. Muitos atribuem isso à rejeição popular à gestão de Micarla. A senhora não acha que essa associação "anti-Micarla" que o eleitorado faz da senhora poderia credenciá-la a ser candidata nas eleições deste ano com chances reais de vitória?

Claro que a votação que tive em Natal foi extraordinária. Pelo que eu saiba, nenhum político conseguiu o percentual de aceitação que eu tive nessas eleições. Proporcionalmente, minha votação em Natal foi mais de 80 mil, o que corresponde a 23,75% dos votos válidos das eleições do ano passado. Essa é uma marca histórica, pois não se trata de eleiçõesmajoritárias, mas proporcionais. No entanto, não penso em candidatura [a prefeita de Natal]. Minha época de candidata passou. Desde 2010, já tinha tomado essa decisão, de que não iria disponibilizar meu nome para a disputa política de Natal. Essa decisão permanece. É irreversível.

Por qual motivo? A senhora ficou magoada com as quatro derrotas consecutivas?

Não. É porque eu acho que está na hora de o PT apresentar novas sugestões, novos nomes. Tem agora o deputado Fernando Mineiro, que é um excelente nome. Um homem preparado. Mas ele não tem a densidade eleitoral da senhora... Mas a eleição ainda está começando. Temos um percentual grande de indecisos pela frente. Respondendo sucintamente a vocês, acho que está na hora de o PT apresentar novos nomes. Mineiro é um ótimo nome para nos representar na disputa política eleitoral de Natal.

A senhora então planeja ser candidata ao Senado em 2014?

Veja bem, nós temos ainda uma passagem pelas eleições de 2012, para pensarmos no projeto político para 2014. Vamos primeiro cuidar de 2012. Até na condição de membro da Executiva nacional do PT, quero dizer que o partido está se preparando para colher importantes vitórias nas eleições do ano que vem. Para tanto, o partido está incentivando que os diretórios apresentem o maior número de candidatos a prefeito, vice-prefeito e também no legislativo. O PT vai participar da disputa também em parceria com os partidos da base aliada do governo Dilma. Evidentemente, temos nossos aliados preferenciais. Em Natal, são PSB, PDT, PCdoB... sem excluir os demais. Por exemplo, o PSD, do vice-governador Robinson Faria, deverá estar vindo para esse grupo, assim como outros partidos. O PT quer eleger o maior número de candidatos do partido e da base aliada, para fortalecer a sucessão da presidenta Dilma Rousseff no plano nacional e esse bloco de partidos de forças progressistas nas disputas estaduais.

Na avaliação da senhora, a base deve se unir em Natal já no primeiro turno das eleições, apoiando um candidato único ou lançar múltiplas candidaturas para compor no segundo momento das eleições?

Natal tem uma singularidade, que é a eleição em dois turnos. Não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que, no segundo turno, estaremos todos encangados. O PT tem maturidade e responsabilidade política para contribuir com a união dos partidos que fazem oposição ao governo do DEM e à gestão da prefeita Micarla de Sousa, para reconquistar Natal no ano que vem. Para esse grupo formado por PT, PSB, PDT, PCdoB e outros vir com musculatura política para as eleições de 2014 é muito importante que tenhamos bons resultados eleitorais no ano que vem. Esse bloco tem que reconquistar Natal. Ganhar também em Parnamirim, onde nós temos uma aliança muito importante com o prefeito Maurício Marques (PDT). Podemos ganhar Mossoró, onde o PT tem um nome e o PSB também tem. Temos grandes chances lá. Falando em termo de bloco, temos candidaturas bem posicionadas nos principais municípios do estado. Tendo um bom resultado nas eleições do ano que vem, começando por Natal, nós iremos com mais calma e serenidade discutir a chapa majoritária que formaremos nas eleições de 2014. Quem será candidato a governador por esse grupo? Quem será o nome para o senado?

Hoje existem três nomes para o Senado, o seu, o da ex-governadora Wilma de Faria e o do vice-governador Robinson Faria (PSD). Na chapa majoritária tem as vagas para o Senado, para o governo e a de vice. A senhora defendeu múltiplas candidaturas no primeiro turno, mas, ao mesmo tempo, nas análises que fez, falou em bloco. A senhora não acha que o lançamento de mais de uma candidatura da base pode acabar dividindo o grupo, caso dois nomes do bloco que a senhora defende cheguem ao segundo turno das eleições?

Não. Acho que a eleição caminha para múltiplas candidaturas tanto no bloco da oposição quanto no bloco governista. Eu acho que a eleição vai ser polatizada. De um lado, as candidaturas vinculadas ao governo do DEM, com PSDB, o PMDB e o PV. Também o próprio DEM pode apresentar candidato. Do outro lado, as candidaturas de perfil oposicionista, o PT com Mineiro, o PSB com Wilma de Faria e o PDT com Carlos Eduardo.

"No segundo turno estaremos todos encangados"

Então a senhora acredita que as candidaturas de Wilma de Faria e Carlos Eduardo vão coexistir?

O PSB tem, até o presente momento, colocado que está no páreo. Tenho conversado com a ex-governadora. Ela não confirma ainda a candidatura, mas está em discussão.

Em 2008, todos esses partidos do bloco tinham pré-candidatos a prefeito e desistiram às vésperas da eleição para apoiar a senhora. Pode haver uma repetição?

Eu acho que caminha para o quadro de múltiplas candidaturas. A cidade vai ganhar com isso. Será um bom debate. Natal vive um momento muito delicado. A gestão do PV é um verdadeiro desastre. É a pior gestão que Natal já teve. Existem investimentos em curso, como as obras da Copa de 2014 e o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Estará mais do que nunca em jogo o futuro da infraestrutura urbana e social da cidade. Que projetos serão colocados para a cidade? Isso será colocado em debate. O deputado Fernando Mineiro, preparado como é, colocará claramente quem é quem nessa história. Mostrará os partidos que fazem oposição realmente a Micarla. O PSDB e o DEM são responsáveis pela situação que Natal vive hoje. E o PMDB não podemos responsabilizar pela ela eleição. O partido me apoiou, inclusive. Mas, depois foi participar da gestão. Esse é um debate que nós desse campo vamos fazer. Não sou candidata a prefeita, mas participarei intensamente da disputa política eleitoral de Natal.

A senhora acredita na candidatura do deputado estadual Hermano Morais?

Perguntem ao PMDB. É um partido importante. Faz muito tempo que não lança uma candidatura própria. O direito é mais do que legítimo.

Ao mesmo tempo em que o PMDB faz parte do governo Dilma Rousseff (PT), é aliado da gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) aqui no Rio Grande do Norte. Como a senhora vê esse posicionamento do partido?

No plano nacional, é um aliado importante para nós. É o partido do vice-presidente da República. Tem a segunda maior bancada do Congresso Nacional. Dentro do sistema que a gente vive, que é um governo de coalizão, não sobreviveríamos sem uma forte base de sustentação parlamentar. Então, o PMDB cumpre seu papel neste sentido. É um parceiro importante. Agora, o PMDB é um partido que virou uma federação de tendências, de grupos pelo país afora. Mas, quero deixar claro que no plano nacional é um parceiro importante para a governabilidade. No plano local, o mais adequado seria que tivéssemos um PMDB alinhado com a mesma posição que tem em nível nacional. No plano nacional nós estamos juntos. Em nível local, do ponto de vista do governo do estado estamos separados. Pois, o DEM que governa o Rio Grande do Norte é aliado do PMDB no estado. Mas, esse é o mesmo DEM que, em Brasília, continua fazendo oposição sistemática ao governo nacional, que não é só governo do PT. É também do PMDB e dos partidos aliados. A posição do PMDB é essa. É um direito que ele tem e cabe à população avaliar. Que é esquisito, é. Pois, o DEM, quando faz oposição lá não é só à presidenta Dilma, mas ao governo do qual o PMDB faz parte.

O RioGrande do Norte é hoje o quarto pior estado em infraestrutura do Brasil. A que a senhora atribui essa posição?

A situação do estado é muito delicada. O governo do DEM completou um ano. Foi um ano de promessas não realizadas. Enquanto a presidenta Dilma Rousseff (PT) tem aceitação popular acima de 70%, aqui ocorre justamente ao contrário. Um ano de governo e já há quase 60% de rejeição. Isso não é usual. Ficou comprovado que o governo do DEM não tinha projeto, não tinha uma proposta consistente para o estado. Sem contar a postura autoritária que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) adotou diante dos servidores, o que culminou com a lambança que foi o decreto comparado ao "AI-5" da ditadura, felizmente revogado. Hoje, o que existe de projeto importante para o nosso estado tem o DNA do governo federal. Todos. Eu pergunto qual foi o projeto novo que esse governo trouxe para o Rio Grande do Norte. Nada.

Mas a senhora acha que esse resultado pode ser atribuído somente ao governo Rosalba, que, como a senhora mesmofrisou, tem apenas um ano?

Não. Claro que também temos que levar em consideração que esse índice reflete políticas que foram implementadas no passado. Mas, quero comentar o governo de agora. Pois quem está lá sentado é o DEM, que na época da campanha criticou tanto, bateu tanto, prometeu o céu e a terra. Então, o governo completa um ano sem nenhum projeto novo. Desde o aeroporto, passando pela energia eólica e pelos investimentos na estrutura hídrica nas estradas, são tudo do governo federal. Não há nada de novo do governo do estado.

Como presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, qual a avaliação que a senhora faz dos trabalhos desenvolvidos no ano de 2011?

Muito positivo. Eu assumi a presidência da Comissão num ano importante, que foi o ano do Pronatec e do Plano Nacional da Educação (PNE), dois projetos que eu diria preponderantes para o desenvolvimento da educação do país. Concluímos a aprovação do Pronatec em seis meses, tempo recorde. O programa vai colocar 18 milhões de vagas para educação profissional nos próximos 10 anos. O PNE ainda não conseguimos aprovar. Mas, fizemos um debate profundo. O primeiro relatório foi apresentado. Conseguimos avançar quanto a discussão da valorização do magistério. Aprovamos uma emenda para igualar os salários dos profissionais do magistério aos dos demais que possuem curso superior. O PNE também traz avanços para aumentar o índice de escolarização. O plano tem metas ousadas para atingir. Por isso, precisamos ousar também no debate do financiamento. A sociedade civil está se mobilizando pelos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação. O governo insistiu nos 7%. Nós, da bancada do PT, conseguimos em negociação com o governo chegar a 8%. Esperamos aprovar até o ano que vem. 

Folha aponta Natal entre capitais onde PMDB e PT sairão rachados nas eleições


Reportagem da Folha de S. Paulo de hoje inclui Natal entre as capitais do Brasil onde PT e PMDB se enfrentarão.
Pela lógica, em Natal se enfrentarão nas urnas, na disputa pela prefeitura, o petista deputado Fernando Mineiro e o peemedebista colega de Assembleia, Hermano Morais.
Nada definitivo.
Os dois ainda tentam agregar apoios, mas, caso não condigam viabilizar as candidaturas, poderão oferecer apoio.
O que é praticamente certo é que os dois se enfrentarão, se não nas urnas, nos palanques.
Mineiro pode desembarcar na candidatura da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) ou do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). E Hermano, na de Rogério Marinho (PSDB).
?
E sobre a disputa PMDB X PT, que em algumas capitais é ‘de vera’, é o deputado-líder Henrique Alves quem tenta explicar que o racha não vai atrapalhar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
“Somos os maiores partidos. É natural que tenham maiores disputas entre eles, mas é uma disputa que tem data para acabar”, afirmou Henrique.
O que o deputado potiguar quis dizer, é que agora em 2012, PT e PMDB, em algumas capitais, vão se rasgar…mas logo depois estarão juntinhos, no mesmo palanque.
É a revelação pura e simples do teatro da política.
E o povo batendo palmas.

Timemania: ABC inicia o ano no grupo 1


O Mais Querido segue muito bem no “Campeonato da Timemania”. O Clube do Povo, que pelo segundo ano consecutivo ficou entre os vinte melhores colocados, já começou a nova temporada da loteria com um bom resultado.
A Caixa Econômica Federal divulgou o desempenho dos clubes no concurso 277, realizado na quarta-feira passada (4), e o Alvinegro ficou na 19ª colocação, com 6.245 apostas, permanecendo no grupo 1 da Timemania.
A competição entrou em uma nova temporada e a Frasqueira precisa continuar marcando o ABC como Time do Coração para garantir por mais um ano um belo patrocínio para o Mais Querido!
Contribua para fazer um ABC cada vez mais forte e ainda concorra a uma premiação milionária. O próximo concurso está marcado para este sábado (7).  Não deixe de apostar!
Aposte na Timemania e marque ABC como Time do Coração!

Verba indenizatória dos senadores é contabilizada em R$ 15 milhões


Verba indenizatória dos senadores é contabilizada em R$ 15 milhões

Publicação: 08/01/2012 11:05 Atualização:
Entre os 81 senadores, a amazonense Vanessa Grazziotin (PCdoB) foi a que mais usou a verba indenizatória em 2011. Com um total de R$ 403.334,68,  ela teve um gasto mensal médio de R$ 36.666,79, considerando os 11 meses em que trabalhou desde que tomou posse, em fevereiro. Seguindo Vanessa, aparece o piauiense Ciro Nogueira (PP), que recebeu R$ 369.972,38 de reembolso no ano passado.
No total, os senadores gastaram R$ 15,69 milhões em 2011. O benefício, rebatizado de Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores no ano passado, unindo a antiga verba de transporte aéreo com a indenizatória, pode chegar a R$ 45 mil mensais, caso dos senadores que moram em estados mais afastados, como o Amazonas. O montante foi recalculado em junho último, incluindo os R$ 15 mil mensais, mais o valor correspondente a cinco passagens aéreas de ida e volta da capital do estado de origem do senador a Brasília a cada mês. O gasto das passagens, calculado por uma tabela do governo, pode ser usado para outros fins. A verba não usada em um mês fica para o outro.
É o que ocorreu com a recordista Vanessa Grazziottin, cujo auge dos gastos foi em novembro, quando gastou R$ 103.062,15, e em dezembro, mês em que teve R$ 94.451,79 de reembolso. A empresa Fábrica do Ímã recebeu um dos maiores pagamentos: R$ 34 mil. Tratava-se da encomenda de 100 mil ímãs de geladeira, que seriam, de acordo com a senadora, para divulgar uma campanha pela aprovação da lei que garante a aposentadoria das donas de casa. O item Divulgação da Atividade Parlamentar, aliás, é o que mais consumiu a cota da senadora, num total de R$ 144.910.
Procurada pelo Correio, Vanessa alegou que os altos gastos em 2011 tiveram a ver com a campanha pelas donas de casa e o seu deslocamento e de seus assessores entre Brasília e Manaus. “Meus assessores não conheciam Manaus, era o primeiro ano do mandato”, alegou. A divulgação de seu projeto de lei contou ainda com outdoors e comerciais de rádio, principalmente no interior do Amazonas. Diante da comparação com outro senador pelo Amazonas, o peemedebista Eduardo Braga, que não usou a verba no ano passado, Vanessa alega que o ex-governador teria ferramentas de divulgação de que ela não dispõe. “Ele foi governador. Eu nunca fui, minha única fonte é meu salário. Passo 40% do meu salário para o meu partido, o PCdoB. Já ele tem todas as ferramentas para divulgar o mandato”, defende-se.
Plano de saúde
a média mensal, além de Vanessa e Ciro, outros quatro senadores gastam mais do que recebem como salário: Ângela Portela (PT-RR), Fernando Collor (PTB-AL), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Wellington Dias (PT-PI). Hoje, além do salário de R$ 26.723,13, os senadores ainda têm auxílio- moradia de até R$ 3.800; atendimento médico sem limites para o parlamentar e a família; cota para envio de correspondência; impressão de papéis até R$ 8.500 na gráfica do Senado; uso de combustível em Brasília; assinatura de jornais e revistas. Na lanterna da lista dos maiores gastos estão os  que preferiram não usar o benefício: Cristovam Buarque (PDT-DF), Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Lauro Antonio (PR-SE) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Um dos cinco a não gastar com verba indenizatória, Cristovam Buarque defende que o alto salário é suficiente. Desde junho de 2010, o senador não usa mais verba indenizatória. Primeiro, parou para não ser acusado de usar a verba em benefício próprio durante a campanha para a reeleição, no ano passado. “Depois, percebi que podia tocar sem a verba e parei de usar”, explica. O único uso do senador era para fazer um jornal informativo, O Educacionista, que teve a circulação interrompida naquele mês. “Foi um prejuízo para o meu mandato e para a luta pela educação, mas deixei de fazer.” Ele ressalva, porém, que o uso das passagens aéreas por quem mora fora do Distrito Federal é fundamental. Sem citar quantas, Cristovam lembra que fez algumas viagens em 2011 como senador e que preferiu pagar do próprio bolso. “Tivemos um reajuste no ano passado, dava para pagar a passagem”.
Saiba mais
O que é a cota?
cota para o exercício da atividade parlamentar dos senadores é a soma da antiga verba indenizatória com o gasto para transporte aéreo. É usada para pagar locomoção, alimentação, escritórios políticos e divulgação da atividade parlamentar.
Quanto cada senador pode gastar?
Cada senador tem a sua cota, calculada de acordo com o estado em 
que vive. A cota é a soma dos antigos R$ 15 mil de verba indenizatória mais o dinheiro equivalente a cinco passagens aéreas entre Brasília e o estado de origem. O valor dessas passagens é calculado pelo governo. Pode ser acumulado de um mês para o outro.
R$ 15,6 milhões é o valor total gasto pelos senadores e suplentes ao longo de 2011
R$ 403 mil é o total gasto pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em 2011

Correio Braziliense

Ocupação de corredor hoteleiro será discutida


Ocupação de corredor hoteleiro será discutida

Publicação: 08/01/2012 07:41 Atualização: 08/01/2012 08:39
Por Alex Costa, para O Poti
Há exatos 27 anos, o primeiro hotel da Via Costeira era construído impulsionando o setor turístico no Rio Grande do Norte e inserindo a capital potiguar como destino no cenário internacional. Atualmente, a ocupação chega a 11 hotéis, mas há espaços de sobra para mais construções. Os atuais 28 mil leitos conseguem suprir a demanda de turistas que visitam a cidade, porém o advento da Copa do Mundo de 2014 deverá atrair mais investimentos para a Via Costeira. Entretanto, permeada de polêmicas sobre sua ocupação, a área enfrenta um nó sobre a destinação dos terrenos ainda não ocupados e que estão nas mãos de investidores.
A celeuma só será resolvida no próximo dia 14 de fevereiro, numa audiência judicial que visa resolver o caso do hotel da BRA, embargado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), em 2005, por ter ultrapassado o limite de 15 metros de altura permitido em lei municipal para Área de Proteção Permanente (APP). Na mesma audiência será posta a discussão dos demais 17 terrenos ainda não ocupados com edificações.
De acordo com Sueldo Medeiros Costa, secretário adjunto da Semurb, a Via Costeira sempre foi uma zona de forte interesse turístico, porém está localizada numa região considerada Área de Preservação Permanente entre a via e o mar. "A região foi criada para uso exclusivo do turismo e o plano diretor de Natal permite a construção na região. Por que tanto empecilho?", indaga Sueldo.
Segundo o secretário adjunto, existem atualmente sete projetos tramitando na Semurb, mas que estão estacionados. "Os investidores estão interessados: já despenderam custos para a realização do projeto, pois demandou um operacional de engenheiros e aguardam a liberação para a construção. Mas fica difícil investir com toda essa insegurança jurídica e a questão da preservação da área", explica. Sueldo também explica que não existem leis que determinem a Via Costeira como zona de preservação ambiental.
Até o dia 14 de fevereiro, o Ministério Público Federal, União,além da Prefeitura de Natal e empresa anunciaram a possibilidade de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que somente cinco dos 11 lotes que podem ser edificados na área possam receber empreendimentos, inclusive o espaço onde está situado o hotel da BRA. Os outros seis lotes permaneceriam intocados, uma vez que ainda pertencem à Datanorte, empresa de economia mista vinculada ao governo do estado.
A Semurb listou os nomes dos sete empreendimentos que têm os projetos encaminhados na secretaria: Tambaqui Hotéis, Inês Motta, Via Costeira Hotéis, Novo Horizonte Hotéis, NatWF e G5. Os processos estão suspensos até que haja resolução do caso. "Podem até dizer que os projetos são urbanísticos, mas eles não seriam aceitos se não tivessem uma preocupação ambiental", afirma Sueldo.
Sueldo Costa ponderou que, caso esses terrenos venham a receber a licença de construção, seus empreendedores terão que se submeter a todas as exigências dos órgãos ambientais como forma de viabilizar os projetos. Ele incluiu nesse rol, inclusive, uma compensação ambiental financeira prevista na legislação para ressarcir possíveis danos provocados nas áreas pela falta de preservação dos terrenos.