O acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, revela um esquema de pagamento de vantagens indevidas envolvendo parlamentares potiguares e o atual ministro do Turismo. Henrique, Garibaldi e Walter Alves (PMDB), além de José Agripino e de Felipe Maia, teriam recebido, segundo o delator, R$ 2,8 milhões em propina, por meio de doações oficiais.
O maior beneficiário com o esquema no Rio Grande do Norte, segundo Sérgio Machado, foi Henrique Alves, atual ministro do Turismo. Entre 2008 e 2014, o ex-deputado federal recebeu R$ 1.550.000,00, doados por empresas contratadas pela Transpetro.
“eu o ajudei sempre por meio de doações oficiais, cuja origem eram vantagens indevidas pagas pelas empresas contratadas pela TRANSPETRO; QUE os encontros com ele eram sempre na TRANSPETRO; QUE quando era o caso de doações oficiais eu acertava com a empresa o montante, a semana que iria ser feita e comunicava a empresa para qual partido e político a doação deveria ser feita”, destaca Sérgio Machado na delação.
Já o senador Garibaldi Alves recebeu, conforme aponta o delator, R$ 700 mil em vantagens indevidas, entre 2010 e 2014. Sérgio Machado diz que o último encontro que teve com Garibaldi foi em 2014, quando o senador ainda ocupava o cargo de ministro da Previdência.
“ele pediu recurso para candidatura de seu filho WALTER ALVES, que era candidato a Deputado Federal; QUE eu o ajudei através de uma doação oficial no valor de R$ 250 mil feita pela construtora QUEIROZ GALVÃO; QUE além disso, eu o ajudei em outras eleições com doações oficiais”, pontua Sérgio Machado.
José Agripino e Felipe Maia, ambos do DEM, também são citados no esquema de recebimento de propina detalhado por Sérgio Machado. O senador recebeu, em 2010, R$ 300 mil, enquanto o seu filho foi beneficiado, na campanha à reeleição para deputado federal, em 2014, com a quantia de R$ 250 mil. Os valores foram repassados pela empreiteira Queiroz Galvão.
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