Um relato da compra de votos está escrito em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), ingressada na Justiça Eleitoral de Pendências pela advogada Hyndaradaya Moura Santos Farias Almeida e o advogado Marcos Antônio Rodrigues de Santana, no dia 20 de outubro.
No caso os votos foram comprados para reeleger o atual prefeito, Ivan Padilha de Sousa prefeito e eleger vice-prefeita Lays Helena Cabral de Queiroz, que comandaram a coligação formada pelos partidos PRB, PDT, PMDB, PSC, DEM, PV e PSD.
A advogada Hyndaradaya Farias disse não ter dúvidas de que o poder econômico, em especial devido aos milhões dos royalties, foi o vetor principal da derrota de Gustavo Adolpho de Souza Queiroz e José Maurício, da coligação compostas pelo PMN, PT, PSDC, PSDB, PPS e PC do B.
Entre muitos casos de compra de votos, Hyndaradaya Farias destacou Jane Cleide dos Santos Rosa, que vendeu o voto dela e do marido que está preso por mil reais para ser pago em 10 parcelas de R$ 100,00. O prefeito também contrataria um advogado para soltar o marido de Jane Cleide.
O cheque apresentado pela denunciante é datado de 23 de agosto de 2012 e está anexado ao processo. “Eu pedi para que a Justiça Eleitoral solicite todos os cheques emitidos da conta dos royalties e o destino de cada um”, destaca a advogada, que acredita na cassação do prefeito reeleito.
A certeza da impunidade por parte do prefeito Ivan Padilha está garantida porque na Câmara Municipal, ele conta com o aval de 7 dos 9 parlamentares. Mesmo diante de várias tentativas, a oposição não consegue fiscalizar a aplicação correta dos R$ 66 milhões que a Prefeitura recebeu em royalties de 2009 aos dias atuais.
Os vereadores perderam todas as investidas feitas na Justiça.
A Prefeitura de Pendências recebe em média R$ 2 milhões em royalties graças a uma liminar dada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, numa ação alegando existir uma grande estação de embarque e desembarque de gás natural na cidade. Ele contratou dois escritórios de advocacia do Pernambuco, que recebem por mês R$ 400 mil da prefeitura.
A estação não existe, mas a Justiça Federal ainda mantém a liminar, porque estranhamente o CREA do RN não indicou um especialista para fazer uma perícia no município e constatar tecnicamente a inexistência desta estação.
Por diversas vezes tentamos ouvir a versão do prefeito Ivan Padilha sobre a compra de votos e outras acusações, mas não foi possível. Foi feito contato com o assessor de comunicação, que ficou de conversar com o prefeito e apresentar uma resposta por escrito e pronta para ser publicada.
Fonte: Defato.com/Notícias/RN