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sábado, 28 de março de 2020

Bolsonaro não acredita no número de vítimas do coronavírus em SP e põe em dúvida ainda os números de casos na Itália.

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Divulgação

Em meio a um embate com o governador João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na tarde desta sexta-feira (27) que não acredita nos números de casos de coronavírus no estado de São Paulo. Para ele, os números podem estar superdimensionados.

O número de óbitos relacionados ao novo coronavírus no estado de São Paulo cresceu 209% em cinco dias, segundo balanço da Secretaria da Saúde divulgados nesta sexta-feira. No último domingo (22), o estado registrava 22 mortes, contra 68 agora.

“Está muito grande para São Paulo. Tem que ver o que está acontecendo aí. Não pode ser um jogo de números para favorecer interesse político”, disse o presidente em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes. O jornalista insistiu no questionamento, indagando se ele não acreditava nos dados de São Paulo. “Não estou acreditando nesse número”, afirmou Bolsonaro.

Antes, sem querer confirmar que estava falando de São Paulo, acusou que está havendo uma fraude.

“Sem querer polemizar com ninguém, tem um estado aí que orientou por decreto que, em última análise, se não tiver uma causa concreta do óbito, bota lá coronavírus para colar”, afirmou.

“Procura saber, por estado, quantos morreram por H1N1 até o momento. Não é que eu queria que tenha morrido. Ano passado foram 700 pessoas mais ou menos. Vai ter que ter alguém que morreu este ano disso aí. Se for todo mundo com coronavírus, é sinal de que o estado está fraudando a causa mortis daquela pessoa, querendo fazer uso político de números. Isso a gente não pode admitir”.

“Vamos enfrentar o vírus. Vai chegar, vai passar. Infelizmente, algumas mortes terão, paciência, acontece, e vamos tocar o barco”, afirmou.

“Porque as consequências, depois, dessas medidas equivocadas [decretos dos estados e municípios fechando o comércio], vão ser muito mais danosas do que o próprio vírus. Não podemos ter um remédio que final das contas a dose vai ser tão grande que o número de problemas vai ser muito maior que o vírus em si. É questão de bom senso”, acrescentou.

Ao chegar no Palácio da Alvorada no fim da tarde desta sexta, Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre suas afirmações. Ele disse que está analisando o decreto de São Paulo sobre o tema. “Pelo o que parece sempre que possível bota um Covid-19 ali [na causa mortis]. Agora o número de mortes em São Paulo é muito maior do que no Rio de Janeiro. É um número de 60 mais ou menos [são 68], que fica difícil para estatística. Espero que pare por aí”.

O presidente foi perguntado uma primeira vez o que Doria ganharia ao inflar números de mortes no estado.

“Por favor. Não quero fazer… não vai levar para fofoca aqui. João Doria faça a sua parte lá e eu faço a minha aqui”, respondeu.

Em seguida, Bolsonaro foi questionado por provas que embasassem sua acusação.

“Ô cara, você vê números, cara. Não vou mais responder a você”, reagiu o mandatário, dirigindo-se ao repórter.

À TV Bandeirantes o presidente pôs em dúvida ainda os números de casos na Itália, país que registrou nesta sexta 919 novas mortes provocadas pelo novo coronavírus, o maior número diário desde que a pandemia atingiu o país, no começo deste ano. O recorde anterior havia sido registrado em 21 de março, quando 793 pessoas morreram.

“O vírus evolui. Nós temos informações do mundo todo de como as pessoas estão sendo tratadas. Inclusive, certos mitos estamos desfazendo, como a questão das mortes na Itália. A maioria das mortes não tem nada a ver com o coronavírus, nada a ver. São pessoas que estavam em uma região fria e todos com uma média de idade de 80 anos”, disse Bolsonaro.

Ele afirmou que terá uma reunião com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, neste sábado (28), no Palácio da Alvorada, para dar um “pequeno redirecionamento do que está sendo feito até agora”.

Bolsonaro disse que, entre as mudanças que serão discutidas, está uma possível adoção do isolamento vertical, aquele em que apenas integrantes do grupo de risco ficariam isoladas. Ele disse que há também a ideia de contratar hotéis para acolhimento de idosos infectados e outros para não infectados.

“Para nós, aqui no Brasil, pode ser que não seja tudo isso que aconteceu em alguns países”, afirmou o presidente.

Bolsonaro disse que o país tem que voltar à normalidade “imediatamente” e voltou chamar a Covid-19 de “gripezinha”.

FOLHAPRESS

Sesap investiga quatro óbitos por suspeita de coronavírus no RN.

Paciente morre por coronavírus quatro dias após ser liberado em ...

Pelo menos quatro mortes por Covid19, o novo coronavírus, estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública no Rio Grande do Norte (Sesap-RN). Três dos casos estão localizados em Açu, cidade do Oeste potiguar a 208 quilômetros de Natal, e Parnamirim, na Grande Natal. Ao todo, o Estado registra 28 casos confirmados, 1.176 suspeitos em 94 cidades. Além disso, segundo o secretário Cipriano Maia, outros 11 casos testaram positivo para Covid-19 e foram para contraprova.
A respeito dos óbitos que estão sendo investigados, a governadora Fátima Bezerra e o secretário Cipriano Maia repercutiram o assunto em entrevista exclusiva às emissoras de televisão do Rio Grande do Norte.
“A investigação de óbitos não foi concluída. Tem quatro óbitos que estão entre os suspeitos, estão em investigação. Antes da conclusão, a investigação é um trabalho demorado, que você tem que estudar desde o vínculo epidemiológico, o prontuário médico, a escuta dos profissionais para se chegar a uma conclusão. Momentaneamente, em função da epidemia, os casos de óbitos com suspeita ou diagnóstico clínico não precisam ir para Serviço de Verificação de Óbitos, porque o sistema não daria conta. Esses resultados não temos hoje ainda”, disse Cipriano Maia.
TRIBUNA DO NORTE

Estados Unidos têm 100 mil casos confirmados de coronavírus.

Foto: Andrew Kelly/Reuters
Os casos confirmados de coronavírus nos Estados Unidos chegam a 100.040, o maior número registrado no mundo, segundo contagem da agência de notícias Reuters.
A Itália vem na sequência, com 86.498 casos, e a China ocupa a terceira posição, com 81.340 infecções confirmadas.
Agência Reuters

Espanha tem 832 mortes por covid-19 em 24 horas, e país bate recorde.

Imagem: Susana Vera/Reuters
A Espanha registrou 832 mortos nas últimas 24 horas, o recorde de óbitos em um único dia devido ao novo coronavírus. Com o novo salto nas mortes, o país já contabiliza 5.694 mortes pela covid-19. As informações foram divulgadas no último balanço do Ministério da Saúde da Espanha.
O país tem 72.248 casos confirmados desses, 8.189 foram confirmados nas últimas 24 horas. Depois da Itália, o país é o mais afetado pela pandemia. Madri registrou a maioria dos casos, seguida da Catalunha.
Dos doentes, 40.630 precisara ser hospitalizados. Quantos aos curados, são 12.285.
UOL

Médica de Campina Grande sugere que favoráveis a abertura do Comércio abdiquem de respiradores.

Imagem: reprodução
Ao opinar sobre a possibilidade de reabertura do comércio em Campina Grande e outras cidades, medida essa defendida por alguns empresários, a médica campinense Adriana Melo, que é especialista em Medicina Fetal e referência no tratamento da microcefalia no Brasil, por meio das suas redes sociais deu um recado duro, sugerindo que estes apoiam essa medida abram mão de respiradores, quando foram internados com a suspeita do vírus.
Imagem: reprodução/Instagram
“Sugiro que quem for favorável acabar com o isolamento social e abrir o comercio, assinar um termo dizendo que abre mão de um respirador quando nós, profissionais da saúde, tivermos que escolher quem vai morrer ou viver”, disse a médica destacando que acredita na ciência.
Não levando em conta os apelos da Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como da Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG) e do Governo do Estado que pedem o isolamento da sociedade, alguns comerciantes de Campina promoverão uma carreata hoje (27), atendendo ao pedido do presidente da República Jair Bolsonaro para a reabertura do comércio.
Segundo arte que circula nas redes sociais, empresários da cidade estão articulando uma carreata com a finalidade de pressionar o governo municipal para que libere o comércio local na próxima segunda-feira (30). A carreata está prevista para ocorrer às 15h desta sexta-feira (27), com concentração na frente do Partage Shopping, passando pelas principais ruas do Centro da cidade. Por motivo de segurança, ninguém deverá descer
A ação dos empresários começou após a fala do presidente Jair Bolsonaro que, em pronunciamento, minimizou a gravidade do avanço do coronavírus no Brasil, além do quadro de crise da economia local. Os empresários ponderaram que todas as precauções sanitárias para evitar qualquer tipo de disseminação viral serão tomadas.
PB Agora

Casos da Covid-19 no mundo dobram em uma semana e ultrapassam 600 mil.

Imagem: reprodução
Mais de 600.000 casos de coronavírus foram registrados oficialmente no mundo desde o início da pandemia, em dezembro, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Até o momento foram diagnosticados 614.884 casos e 28.687 mortes em 177 países e territórios. O número de pessoas curadas é 135.671.
A partir do dia que o primeiro caso da doença foi registrado, em dezembro, foram necessários 67 dias para que o número de pessoas infectadas no mundo alcançasse 100 mil. Para que os casos chegassem a 200 mil, foram necessários apenas 11 dias.
Apenas quatro dias mais tarde, a cifra bateu 300 mil. Na terça-feira, apenas três dias depois, os números bateram 400 mil. Impulsionada majoritariamente pelos Estados Unidos, a estatística havia superado os 500 mil na quinta-feira, há dois dias.
O número de contágios é especialmente elevado nos Estados Unidos (104.837 casos, 1.711 mortes), Itália (86.498 casos, 9.134 mortes) e China (81.996 casos, 3.299 mortes).
Os casos diagnosticados refletem apenas uma parte dos contágios reais, pois muitos países fazem exames apenas em pacientes em estado grave e que precisam de internação.
O Globo

Trump: prioridades são garantir a vida e a segurança, e depois a economia.


Imagem: Liu Jie/Xinhua
O presidente Donald Trump afirmou hoje que suas prioridades no combate ao coronavírus é garantir a “vida e a segurança” das pessoas, e que só depois vem a economia norte-americana. “Vida e segurança e depois a economia. Vida e segurança”, disse Trump, reiterando que o plano econômico não é seu principal objetivo durante a pandemia.
Trump também falou sobre como os americanos estão ansiosos para sair de suas casas e voltar às suas rotinas normais. “É vida e segurança, e é o nosso país, mas temos que cuidar das pessoas ao mesmo tempo em que queremos tirá-las. Eles querem sair. Nosso país foi construído com base nisso. Mas temos que garantir que seja seguro “, acrescentou.
UOL

Com 17 novos casos, RN agora tem 45 confirmados com coronavírus.

Imagem: reprodução/Instagram
O Rio Grande do Norte passa a ter 45 casos de pessoas com o novo coronavírus. As cidades com casos confirmados são Natal (22), Mossoró (14), Parnamirim (6), Macaíba (1), Monte Alegre (1), Passa e Fica (1).
As informações completas, com os dados atualizados no RN sobre a Covid-19, serão divulgadas no novo boletim epidemiológico ainda neste sábado (28) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Veja como deve funcionar e quem deve ter direito ao pagamento de R$ 600 para trabalhadores informais.


Foto: Getty Images
Aprovado pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (26), o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais ainda não tem data para começar a valer. O projeto precisa passar pelo crivo do Senado e ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro antes de vigorar. Os senadores devem se debruçar sobre a matéria na próxima semana.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, reforçou nesta sexta-feira (27) esse caminho burocrático que precisa ser superado antes de o dinheiro chegar nas mãos dos cidadãos afetados pela crise. Guimarães adiantou que, após o aval do Senado, o governo federal terá de editar decreto detalhando as regras para o repasse do benefício.
— Já tivemos milhões de pessoas que foram até as agências para perguntar sobre este benefício. Por isso estamos falando que precisa do Senado e do decreto porque, senão, certamente hoje teremos pessoas lá — disse Guimarães.
Inicialmente, a equipe econômica admitia conceder R$ 200 aos informais. Após críticas, o valor flutuou entre R$ 300 e R$ 500 até acordo entre Congresso e governo baterem o martelo nos R$ 600.
QUEM TEM DIREITO AO BENEFÍCIO
Requisitos obrigatórios:
– Ser maior de 18 anos de idade;
– Não ter emprego formal;
– Não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
– Ter renda familiar mensal de até meio salário mínimo (R$ 522,50) por pessoa ou renda familiar mensal total da família de até três salários mínimos (R$ 3.135,00);
– Não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018;
O interessado também deve se enquadrar em uma dessas condições:
– Atuar na condição de microempreendedor individual (MEI);
– Ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
– Atuar como trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico);
– Cumprir no último mês o requisito de renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos;
QUAL O VALOR DO BENEFÍCIO
O beneficiário poderá receber R$ 600. Mães que são chefe de família poderão receber duas cotas do auxílio: R$ 1,2 mil.

QUANDO COMEÇA O PAGAMENTO DO BENEFÍCIO?
Ainda não foi definido quando o benefício começará a ser pago aos trabalhadores. O texto precisa ser aprovado pelo Senado e seguir para sanção presidencial.

O BENEFÍCIO SERÁ PAGO ATÉ QUANDO?
O projeto em análise no Congresso prevê que o pagamento do auxílio emergencial deverá ocorrer por três meses, mas poderá ser prorrogado dependendo do avanço da pandemia e os efeitos gerados.

O BENEFÍCIO PODE SER ACUMULADO ENTRE MEMBROS DA MESMA FAMÍLIA?
O projeto prevê que até duas pessoas da mesma família poderão acumular os valores do benefício emergencial. Caso a pessoa receba o Bolsa Família, ela poderá substituir o pagamento pelos R$ 600, caso seja mais vantajoso.

COMO SERÁ CALCULADA A RENDA FAMILIAR?
Para o cálculo da renda familiar serão considerados todos os rendimentos dos membros que moram na mesma residência, menos o dinheiro recebido via Bolsa Família.

COMO SERÁ VERIFICADA A RENDA FAMILIAR?
A renda média será verificada por meio do CadÚnico para os trabalhadores que são inscritos na plataforma. Já no caso dos cidadãos que não fazem parte do CadÚnico, a comprovação será feita por meio de uma autodeclaração em plataforma digital, que ainda não foi detalhada pelo governo.

COMO SERÁ REALIZADO O PAGAMENTO
O projeto estipula que o auxílio será pago em bancos públicos federais por meio de uma conta estilo poupança social digital. Essa conta será aberta automaticamente em nome dos beneficiários, com dispensa da apresentação de documentos e isenção de tarifas de manutenção. Ainda não foi definido se o pagamento será simultâneo a todos os beneficiários ou escalonado.

Agência Câmara de Notícias

Berço da Covid-19, Wuhan começa a sair da quarentena e reabre ferrovias.

Foto: Hector Retamal/AFP
A cidade chinesa de Wuhan, na província de Hubei, berço do novo coronavírus, começou neste sábado a aliviar a quarentena em que se encontra desde o dia 23 de janeiro. Após a abertura de parte das estradas para que pessoas pudessem entrar no local, o governo reativou parte das linhas de trem para desembarque: sair da cidade, como previamente anunciado, só será possível a partir do dia 5 de abril.
Após ser completamente isolada do resto do país por dois meses, a reabertura da cidade marca um ponto de virada e uma vitória política do governo chinês no combate ao vírus que, globalmente, já infectou mais de 600 mil pessoas em 178 países e territórios, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins. Ao todo, Wuhan sozinha registrou mais de 50 mil casos do novo coronavírus – cerca de 60% de todos os contágios na China –, com ao menos 3 mil mortes.
Medidas draconianas de isolamento, no entanto, levaram a uma redução drástica, ao menos aparente, nos casos nas últimas semanas em todo o país. Segundo a Comissão Nacional de Saúde chinesa, entre sexta e sábado foram registradas 54 infecções pela doença no país, todas elas importadas. Em Wuhan, o diagnóstico mais recente da doença foi na última segunda-feira.
O número total de infecções na China continental é 81.394, com 3.295 mortes. A maior parte dos novos casos foi registrada em Xangai, 17. Outros 11 casos foram em Guangdong, seis em Fuijan, cinco em Tianjin, quatro em Zheijiang, três em Beijing e Liaoning, dois na Mongólia e em Jilin e um em Shandong.
Com os Estados Unidos, a Itália e a Espanha como os novos epicentros da Covid-19, o governo chinês vem tomando medidas para conter os casos importados, que especialistas temem desencadear uma nova onda da doença. A partir deste sábado, Pequim suspendeu a entrada de estrangeiros com vistos ou residência chinesa. As rotas de voos internacionais também foram reduzidas em 90%. A cautela, segundo as autoridades, é essencial para evitar um novo crescimento exponencial dos casos.
A reabertura de Wuhan, no entanto, é cercada de dúvidas. Teme-se que, para fomentar o discurso político de derrota do Covid-19, o governo chinês venha subnotificando os casos de infecção em Wuhan. A China já não contabiliza casos assintomáticos da doença – que, segundo pesquisas, podem não só representar boa parte dos infectados, mas também serem amplamente contagiosos –, mas há relatos de que até mesmo pessoas com sintomas típicos da doença não estão sendo inseridas nas estatísticas em Wuhan.
O retorno prematuro das atividades, especialistas e moradores argumentam, também poderia causar uma nova onda da doença. Ainda assim, pessoas em trajes completos de proteção e voluntários ocuparam a ferrovia da cidade durante a manhã, distribuindo desinfetantes e lembrando os cidadãos de que precisavam mostrar o QR code verde concedido pelo governo – sinal de que tem boa saúde – para poder seguir viagem.
Buscando evitar uma nova onda da doença, as autoridades chinesas também revogaram a abertura de cinemas e teatros, segundo a imprensa estatal do país. O governo também faz um apelo para que seus cidadãos usem máscaras para evitar novos contágios – algo cuja eficácia é discutida entre especialistas.
– O grande erro dos EUA e da Europa, na minha opinião, é que as pessoas não usam máscaras – disse George Gao, diretor-geral do Centro de Controle e Prevenção de Doençås chinês. – Muitas pessoas têm infecções assintomáticas ou ainda não começaram a mostrar sintomas. Se estiverem usando máscaras, ela pode prevenir que partículas contaminadas escapem e contaminem outras pessoas.
O Globo

Mundo já tem mais de 127 mil curados da Covid-19.

Foto: José Carlos Daves/Estadão Conteúdo
No momento em que o número de mortos e infectados pelo novo coronavírus aumenta e países como Itália e Espanha avançam na contagem de seus mortos, cresce também outra estatística menos divulgada e bem mais alentadora: a dos curados. Em todo o mundo, pouco mais de 127 mil pessoas já se recuperaram da doença, segundo estudo da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos.
O resultado do trabalho corrobora informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 80% das pessoas contaminadas se recuperam apenas no tratamento, sem precisar de internação e uso do respirador (entre 5% e 6%).
Os curados são homens e mulheres, jovens, adultos e idosos, que apresentaram sintomas variados, desde tosse e falta de ar até perda de olfato. Depois de um período de isolamento total, sem sair de casa – incluindo os mais novos -, eles relatam o prazer de voltar a executar atividades do dia a dia, como estar com os amigos e com a própria família. Alguns são enfáticos: para eles, o isolamento social continua sendo necessário mesmo depois da cura, para evitar que a pandemia avance assustadoramente como em outros países.
“O pior sintoma é o medo”, afirma a advogada e conselheira federal da OAB Daniela Teixeira, de 48 anos, que contraiu a Covid-19 na Conferência Nacional da Mulher Advogada, realizada no Ceará, em 5 e 6 de março. “Fui homenageada na conferência, mas não vale o risco e o desespero que passei depois. Tinha de ter ficado em casa.” Ela reforça a recomendação da OMS para que as pessoas não saiam de suas casas nesse momento.
Na terça-feira, Daniela recebeu o resultado de seu último teste e não está mais doente. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, onde mora, recomendou por precaução isolamento total até 31 de março. Depois, vida normal.
Com o aumento da demanda pelos testes de coronavírus, muitos infectados não chegam a fazer novo exame ao fim da quarentena. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação para os que testam positivo é de respeitarem o período de 14 dias de isolamento. Depois, se não tiverem mais sintomas, já podem seguir as mesmas regras do restante da população.
Foi o caso da paulista Laísa Nardi, de 22 anos. Em fevereiro, depois de ter voltado de uma viagem por Itália e Espanha, ela começou a ter tosse, falta de ar e dor no corpo. “Achei que a dor fosse de carregar a mochila nas costas”, disse. Poucos dias depois de procurar atendimento médico, Laísa recebeu o resultado positivo do teste para o novo coronavírus. Ela ficou em isolamento com seu ex-namorado, com quem tinha entrado em contato depois da viagem, ao realizar sua mudança da casa dele.
“Fiquei de quarentena com o ex”, brincou. “No dia em que a minha quarentena acabou, andei 15 quilômetros no sol do meio-dia, sozinha, para ter certeza de que eu não estava mais trancada no meu quarto”, conta. Laísa já voltou a trabalhar.
O médico ortopedista Roberto Ranzini, de 54 anos, afirmou que quer se voluntariar para trabalhar em algum hospital de campanha depois de acabar sua quarentena. Ele atua no Hospital Israelita Albert Einstein, onde foi diagnosticado o primeiro caso da doença no País, e disse acreditar que possa ter contraído o vírus de algum paciente. Sem apresentar mais os sintomas iniciais que, para ele, incluíram letargia e diminuição do olfato, Ranzini continua seguindo o isolamento recomendado. “Temos de ter consciência da importância do isolamento, senão vai ter uma explosão de casos e o nosso sistema de saúde não vai aguentar.”
Embora ainda não existam estudos sobre o que acontece com pacientes depois que eles se curam, a esperança dele é a de que, no fim da quarentena, quando pretende ir de novo para a linha de frente da luta contra a doença, ele já esteja imunizado contra o vírus. De acordo com o infectologista Paulo Olzon, uma vez que a pessoa esteja recuperada do coronavírus, não há nenhuma restrição. “É vida normal.”
*JovemPan News Com informações do Estadão Conteúdo

Justiça impede governo federal de veicular campanha contra isolamento social batizada de “O Brasil não pode parar”.

Imagem: reprodução
A Justiça decidiu neste sábado (28) que a União se abstenha de veicular peças publicitárias relativas à campanha “O Brasil não pode parar”, em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF). A decisão, proferida durante a madrugada, impede a divulgação da campanha por rádio, TV, jornais, revistas, sites ou qualquer outro meio, físico ou digital.
O Planalto preparava uma campanha publicitária em que a volta ao trabalho é estimulada, contrariando orientações globais sobre o tema em meio à pandemia de coronavírus. Em nota, contudo, o governo afirma que “trata-se de vídeo produzido em caráter experimental” (veja íntegra abaixo).
Na decisão deste sábado, a Justiça ainda diz que o governo não deve publicar qualquer outra campanha que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados com diretrizes técnicas.
Tais diretrizes devem ser emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório reconhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública. A Justiça ainda estipulou que o descumprimento da ordem está sujeito à multa de R$ 100 mil por infração.
Em seu pedido, o MPF alegou que a campanha instaria os brasileiros a voltarem às suas atividades normais, sem que a campanha estivesse embasada em documentos técnicos que indicassem que essa seria a providência adequada. O Ministério Público defende que, considerado o estágio atual da pandemia de coronavírus no Brasil, a campanha poderia agravar o risco de disseminação da doença no país.
O que diz a Secom:
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informa que, com base em vídeo que circula desde ontem nas redes sociais, alguns veículos de imprensa publicaram, de forma equivocada e sem antes consultar a Secom sobre a veracidade da informação, que se tratava de nova campanha institucional do Governo Federal.
Trata-se de vídeo produzido em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom. A peça seria proposta inicial para possível uso nas redes sociais, que teria que passar pelo crivo do Governo. Não chegou a ser aprovada e tampouco veiculada em qualquer canal oficial do Governo Federal.
Cabe destacar, para não restar dúvidas, que não há qualquer campanha do Governo Federal com a mensagem do vídeo sendo veiculada por enquanto, e, portanto, não houve qualquer gasto ou custo neste sentido.
Também se deve registrar que a divulgação de valores de contratos firmados pela Secom e sua vinculação para a alegada campanha não encontra respaldo nos fatos. Mesmo assim, foram alardeados pelos mesmos órgãos de imprensa, que não os checaram e nem confirmaram as informações, agindo, portanto, de maneira irresponsável.
GaúchaZH

sexta-feira, 27 de março de 2020

INSS fará levantamento de informais que vão receber voucher de R$ 600; Caixa fará pagamento.

Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Para fazer com que o voucher no valor de R$ 600 chegue aos segmentos da população que mais precisam, o governo repassou ao INSS a tarefa de identificar quem serão os trabalhadores informais que terão direito ao auxílio.
Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, a base de dados do INSS é mais ampla porque abrange um universo de pessoas que estão fora dos cadastros do Bolsa Família e seguro-desemprego, dois programas já operados pelo banco.
Ele disse também que a Caixa fará a maior parte do pagamento do voucher, mas precisa aguardar a aprovação do projeto pelo Senado e a sanção do presidente Jair Bolsonaro, além da edição de um decreto sobre a operacionalização da medida, a partir da próxima semana. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira.
Para Guimarães, o maior desafio será fazer com que o dinheiro chegue nas mãos de quem não tem conta em banco, aparelho celular ou internet . De acordo com o projeto, o governo vai considerar o Cadastro Único do Ministério da Cidadania, base de dados do Bolsa Família.
Quem não está inscrito neste cadastro pode fazer uma autodeclaração via plataforma digital.
O auxílio será pago por três meses a até duas pessoas de uma mesma família que estejam no mercado informal de trabalho, com renda mensal familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda mensal familiar total de até três salários (R$ 3.135,00).
— As pessoas não precisam correr para as agências da Caixa agora. Ainda não temos possibilidade de fazer os pagamentos – disse Guimarães ao Globo.
Segundo ele, assim que o projeto for sancionado e o INSS fechar o cadastro das pessoas com direito ao voucher, a Caixa vai elaborar um cronograma, como fez com os saques do FGTS, para evitar aglomeração e tumulto nas agências. A estratégia é fazer com que a rede de 13 mil lotéricos em todo o país assuma a maior parte dos pagamentos.
— As lotéricas têm horário de funcionamento mais flexível e estão mais próximas das pessoas carentes – disse Guimarães.
Para quem tem conta na Caixa será “facílimo”, explicou Guimarães, porque o banco fará o crédito automático. A expectativa é que haja também aumento no volume de clientes nos terminais eletrônicos nas agências.
O voucher será pago a todos os trabalhadores que não têm carteira assinada e portanto, não têm teriam direito ao seguro desemprego, desde que eles se encaixem no critério de renda. Abrange, por exemplo, vendedores ambulantes, motoristas de aplicativos, diaristas, autônomos, microempreendedores individuais (MEI) e contribuintes individuais para a Previdência Social.
O Globo

Itália registra mais 969 mortes por coronavírus e bate seu recorde diário.

(Foto: Piero Cruciatti/AFP )

Apesar das expectativas de que já tivesse atingido seu pico, a Itália voltou a registrar alta no número de novas mortes causadas pelo coronavírus no país. De ontem para hoje, mais 969 pessoas morreram vítimas da covid-19, 257 a mais do que o registrado de quarta para quinta-feira (712).
Desde o início da pandemia, segundo dados publicados diariamente pelo Corriere della Sera, 86.498 pessoas já foram infectadas pelo coronavírus na Itália. Destes, 9.134 morreram e outros 10.950 se recuperaram. Hoje, o país tem 66.414 ainda doentes.
Dos pacientes com sintomas, 3.732 estão em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 36.653 estão em isolamento domiciliar, ainda de acordo com o Corriere.
A região da Lombardia, cuja capital é Milão, lidera o número de casos (37.298), incluindo mortos e já curados. Emília-Romanha (11.588), da capital Bolonha; Vêneto (7.497), de Veneza; e Piemonte (7.092), de Turim, aparecem logo em seguida.
A Itália é atualmente o país europeu mais afetado pela pandemia. Logo atrás dela, porém, vem a Espanha, que também bateu seu recorde diário hoje, tendo registrado 769 novas mortes nas últimas 24 horas. O total de casos confirmados no país passa de 64 mil.
UOL

Campanha “Brasil não pode parar” terá custo de R$ 4,8 milhões sem licitação.

Foto: Reprodução
A campanha publicitária para defender a tese do isolamento vertical – com o slogan “O Brasil Não Pode Parar” – vai custar R$ 4,8 milhões (R$ 4.897.855,00). A contratação foi classificada com emergencial e, por esta razão, realizada sem licitação. O conteúdo está sendo produzido pela agência iComunicação.
O mecanismo não é ilegal: conforme a coluna adiantou ontem, um decreto de Bolsonaro autorizara a Secom a fazer a contratação com dispensa de licitação. A Secom avaliou três propostas. O martelo foi batido por Carlos Bolsonaro. O Secretário Fabio Wajngarten ainda não voltou totalmente à ativa.
O governo federal prepara para colocar no ar possivelmente já amanhã. A peça central é um vídeo, ainda não finalizado, mas que já foi distribuído para a militância digital do presidente e circula em grupos de WhatsApp, em que um narrador menciona categorias profissionais e martela que o país não pode parar por eles.
Diz o narrador:
“Para os pacientes das mais diversas doenças e os heróicos profissionais de saúde que deles cuidam, para os brasileiros contaminados pelo coronavírus, para todos que dependem de atendimento e da chegada de remédios e equipamentos, o Brasil não pode parar. Para quem defende a vida dos brasileiros e as condições para que todos vivam com qualidade, saúde e dignidade, o Brasil não pode parar”.
O Instagram do governo federal publicou há pouco sobre a nova campanha, com a hashtag #OBrasilNãoPodeParar:
“Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade”, afirma a postagem — o que é desaconselhado pelas principais autoridades sanitárias do mundo.
Guilherme Amado – Época

Coronavírus no RN: sobe para 28 número de casos confirmados; suspeitos são 1176.



Foto: Reprodução/Instagram
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) atualizou mais nove novos casos da Covid-19 na tarde desta sexta-feira (27),  registrando neste momento, no Rio Grande do Norte, 28 pacientes infectados pelo novo coronavírus. São 19 em Natal, quatro em Parnamirim e cinco em Mossoró.
No último boletim epidemiológico, nessa quinta-feira(26), os casos confirmados eram 19.
O boletim epidemiológico desta sexta-feira(27) ainda informa que foram descartados 282 casos e atualizados como suspeitos, 1176, sendo 30 de pessoas residentes em outras regiões do país