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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Rússia já prendeu mais de 4 mil pessoas em protestos contra invasão da Ucrânia.

 

Mulher é detida em Moscou por participar de protesto contra a invasão da Ucrânia Foto: ALEXANDER NEMENOV / AFP

As autoridades russas prenderam um total de 4.124 pessoas por participação em protestos contra a invasão da Ucrânia. As detenções ocorreram em cidades da Rússia, país que permite manifestações apenas com autorização do governo.

O número de prisões foi divulgado pelo site de monitoramento independente OVD-Info, neste domingo. Apenas nas últimas 24 horas, 1.173 pessoas foram detidas em 45 cidades russas.

Em Moscou, há pelo menos 591 pessoas detidas, de acordo com o OVD-Info. Outros 229 russos foram presos em São Petersburgo.

A lei russa estabelece que grandes manifestações precisam de uma autorização, que deve ser apresentada a pelo menos 10 dias antes do evento. Manifestantes sem autorização podem resultar em multas pesadas e até mesmo na prisão dos protestos.

Manifestações individuais são permitidas por lei. No entanto, são comuns as prisões de pessoas que realizam protestos solitários.

Na quinta-feira, o Comitê de Investigação da Rússia informou que a participação em qualquer protesto contra a guerra na Ucrânia era ilegal. O órgão russo também afirmou que ofensas poderiam ser inscritas nos registros criminais dos participantes.

Pelo mundo

Protestos contra a guerra têm ocorrido em diversas cidades ao redor do mundo. Neste domingo, mais de 100 mil pessoas participaram de uma passeata em Belim, na Alemanha.

Protesto contra a guerra é realizado na cidade de Berlim Foto: ODD ANDERSEN / AFP

Parte dos presentes vestiram as cores amarelo e azul da bandeira ucraniana. Também foram exibidos cartazes pacifistas que “Sem a Terceira Guerra Mundial” e “Pare o assassino”.

No sábado, manifestações foram realizadas em várias cidades ao redor do mundo, em cidades como Buenos Aires, Tóquio, Taipé, Curitiba, Nova York e Washington.

O Globo

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