Mulher é detida em Moscou por participar de protesto contra a invasão da Ucrânia Foto: ALEXANDER NEMENOV / AFP
As autoridades russas prenderam um total de 4.124 pessoas por participação em protestos contra a invasão da Ucrânia. As detenções ocorreram em cidades da Rússia, país que permite manifestações apenas com autorização do governo.
O número de prisões foi divulgado pelo site de monitoramento independente OVD-Info, neste domingo. Apenas nas últimas 24 horas, 1.173 pessoas foram detidas em 45 cidades russas.
Em Moscou, há pelo menos 591 pessoas detidas, de acordo com o OVD-Info. Outros 229 russos foram presos em São Petersburgo.
A lei russa estabelece que grandes manifestações precisam de uma autorização, que deve ser apresentada a pelo menos 10 dias antes do evento. Manifestantes sem autorização podem resultar em multas pesadas e até mesmo na prisão dos protestos.
Manifestações individuais são permitidas por lei. No entanto, são comuns as prisões de pessoas que realizam protestos solitários.
Na quinta-feira, o Comitê de Investigação da Rússia informou que a participação em qualquer protesto contra a guerra na Ucrânia era ilegal. O órgão russo também afirmou que ofensas poderiam ser inscritas nos registros criminais dos participantes.
Pelo mundo
Protestos contra a guerra têm ocorrido em diversas cidades ao redor do mundo. Neste domingo, mais de 100 mil pessoas participaram de uma passeata em Belim, na Alemanha.
Parte dos presentes vestiram as cores amarelo e azul da bandeira ucraniana. Também foram exibidos cartazes pacifistas que “Sem a Terceira Guerra Mundial” e “Pare o assassino”.
No sábado, manifestações foram realizadas em várias cidades ao redor do mundo, em cidades como Buenos Aires, Tóquio, Taipé, Curitiba, Nova York e Washington.
O Globo
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