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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

PAVOR MODERNO – O MEDO DE ESTAR ON-LINE: presença constante na internet faz surgir um novo tipo de neurose comportamental.

 

NA TELA – Um hábito que se instalou na vida das pessoas e com o qual é preciso conviver – Filippo Bacci/Getty Images

O advogado e comentarista Jeffrey Toobin, muito conhecido nos Estados Unidos por seu trabalho na revista The New Yorker e na CNN, viveu um incidente no mínimo inusitado dois meses atrás. Ao que tudo indica, ele esqueceu a câmera do computador ligada em uma videoconferência, via plataforma Zoom, e acabou cometendo um erro fatal para sua carreira: foi flagrado se masturbando. Sem fazer juízo de valor quanto às preferências de Toobin, o caso traz à tona uma preocupação crescente das pessoas que trabalham remotamente: o risco de ser pego em situações delicadas e o estado de constante alerta para evitar que isso aconteça.

Apelidado de Fobo, fear of being on (medo de estar on-line), o receio está virando neurose. Sinal dos tempos, o aumento vertiginoso do uso de aplicativos e plataformas de videochamada gera pensamentos paranoicos. Desliguei a câmera? Cliquei para fechar o som antes de gritar com o cachorro? Lavei o rosto antes de entrar na reunião? Será que viram o que esqueci na estante atrás de mim?

Uma vez que a adoção de reuniões remotas é um procedimento que veio para ficar — Google Meet e Zoom ganham cada vez mais usuários —, a única forma de combater o medo de gafes e descuidos é adotar alguns hábitos compulsórios quando for entrar on-line, seja pelo computador, seja pelo smartphone. Especialistas recomendam conferir a aparência e o modo como está vestido, exatamente como se fosse uma reunião presencial. É sempre bom dar uma olhada no ambiente antes de começar: o lugar da reunião precisa ser apropriado, silencioso e discreto. Quanto ao sistema de bloqueio de som e imagem, aconselha-se dominar completamente o dispositivo que estiver usando. Além disso, toda vez que terminar de falar, é melhor apertar “mudo”. Se virar um hábito natural, deixará de ser neurose, como quando se ganha experiência ao dirigir e os movimentos se tornam naturais.

O medo de estar on-line, embora possa parecer tolo, não é gratuito. Afinal, um incidente aparentemente banal é o suficiente para gerar embaraços que vão desde o desconforto entre colegas até a demissão, como ocorreu com Toobin. Além das inconfidências autoinfligidas, a privacidade está sujeita a ataques de terceiros. No ano passado, foi descoberta uma falha no Zoom que permitia que hackers controlassem a câmera de computadores, inclusive para invadir reuniões e videochamadas caso não estivessem protegidas por senha.

Vale destacar que ameaças à privacidade não se concentram apenas no Zoom. À medida que atraem mais usuários, sites e aplicativos estão sujeitos a fraudes e exposição externa. Sob diversos aspectos, o mundo virtual é uma guerra sem trégua entre provedores de serviços e criminosos — uma dança interminável de inteligência e contrainteligência. O Zoom tem sido o alvo preferido, pois ocupa a primeira posição na preferência dos usuários. Embora exija cautelas, o fenômeno não deveria ser motivo de pânico, uma vez que falhas de segurança costumam ser detectadas e corrigidas, na maioria dos casos, em questão de horas pelas plataformas.

O termo Fobo foi criado pela designer Holly Allen, do site Slate. Segundo ela, o medo de estar on-line é definido como uma ansiedade que culmina na necessidade de verificar se a pessoa está mesmo invisível aos olhos da tecnologia — algo que, na prática, ninguém pode garantir. Na verdade, a sigla é uma variação do Fomo, seu primo mais conhecido, acrônimo de fear of missing out, ou medo de ficar de fora, que consiste na vontade irrefreável de absorver todo o conteúdo possível das redes sociais, sem perder nenhum show, notícia, anúncio ou atualização no Facebook, por exemplo. Igor Lemos, psicólogo da escola Cognitiva Scientia, acredita que a pandemia funcionou como um gatilho para disparar sintomas que já existiam, aumentando sua frequência: “Muito antes de 2020, eu já tinha pacientes que relatavam sintomas desse tipo, como medo preocupante de fazer ligações sem querer”. No Brasil, estima-se que a dependência digital já atinja mais de 4,3 milhões pessoas, 25% delas adolescentes. O índice brasileiro de permanência na internet é um dos mais altos do mundo: mais de nove horas em média, contra menos de sete horas de outros países.

O problema de tendências como o Fomo e o Fobo, segundo estudiosos do assunto, é que suas cicatrizes podem ser mais duradouras e profundas do que se pensa, afetando o comportamento social e a saúde mental. Pensamentos obsessivos, que geram perturbações emocionais e apreensão, não são inteiramente compreendidos pelas pessoas. Mais alarmante é o fato de que são poucos os brasileiros que buscam informações sobre as consequências advindas do uso exagerado da internet. Por outro lado, abrir mão dos serviços que o mundo virtual oferece não seria prático. Estudo a distância, transferências financeiras, compras e, no caso em evidência, comunicação remota com colegas de trabalho são atividades já efetivamente implementadas na sociedade. O melhor é se adequar a elas, seguindo as regras da boa convivência. Se começar a relaxar demais, lembre-se do flagrante de Toobin.

Veja


FOTOS: Em ‘logística de guerra’, Forças Armadas enviam cilindros de oxigênio para hospitais públicos de Manaus, em caráter de urgência.

  Fotos: Ministério da Defesa/Divulgação

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou em Manaus, na manhã desta quarta-feira (13), com mais seis cilindros de oxigênio hospitalar. O voo, em caráter de urgência, partiu do Rio de Janeiro e fez escala em Brasília, chegando à capital do Amazonas, às 6h30.

Em nota, o Ministério da Defesa informou que “atende à solicitação do governador do Amazonas, Wilson Lima” (PSC), após declaração de que o estado não tem cilindros de oxigênio suficientes para dar conta do aumento de internações de pacientes com a Covid-19.

Ao todo, 386 cilindros de oxigênio deverão ser transportados por aviões C-130 (Hércules) até o próximo domingo (17).

Covid-19 em Manaus

A capital do Amazonas vive uma segunda onda de Covid-19. Janeiro já é o mês com o maior número de novas internações pela doença, em unidades de saúde de Manaus. Mais de 5,6 mil pessoas morreram vítima da doença no estado desde o início da pandemia.

O número de novos pacientes internados, em apenas 12 dias, superou o total do mês de abril de 2020, que tinha o maior registro desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes, nos últimos sete dias, subiu 217% no Amazonas. Esta é a maior alta do país, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

Logística de guerra para atender Manaus

Segundo as Forças Armadas, por trás do transporte de cilindros de oxigênio, existe uma “operação logística típica de guerra”. Em 10 dias, serão percorridos 37,6 mil quilômetros e alocadas 94 horas de voo, que equivalem a quase uma volta completa na Terra, sobre a Linha do Equador.

O primeiro voo da operação partiu de Belém, no Pará, em direção à Manaus, na última sexta-feira (8), com o carregamento de 150 cilindros de oxigênio. No sábado (9), um novo transporte de mais 200 cilindros para o tratamento dos pacientes saiu da capital paraense.

Nos próximos cinco dias, aviões militares C-130 da FAB entregarão mais 36 cilindros de oxigênio em Manaus.

Operação Covid-19

A missão de assistência hospitalar faz parte da Operação Covid-19. A Marinha, o Exército e a Aeronáutica estão mobilizados, desde 20 de março, do ano passado no combate à pandemia.

O Centro de Operações Conjuntas (COC) do Ministério da Defesa ativou dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território brasileiro, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Os militares atuam na descontaminação de espaços públicos, no transporte de medicamentos e equipamentos de saúde e em campanhas para doação de sangue.

G1

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Cenas de casal fazendo sexo aparecem no telão do Jornal Hoje ao vivo.

 


O constrangimento! A abertura do Jornal Hoje teve uma cena inusitada nas telas que aparecem no cenário, atrás da apresentadora Maju Coutinho. Imagens de sexo aparecem em mio a outras cenas. A confusão ocorreu na última segunda-feira (5/1), mas viralizou nesta terça (12/1) nas redes sociais.

Enquanto Maju Coutinho apresentava uma notícia sobre chuvas e alagamentos no Jornal Hoje, as telas exibiam um casal se beijando, em uma cena de sexo quente.

Veja o vídeo do momento:

Nas redes sociais, é claro, o assunto viralizou.

Por Metrópoles

Governo do Estado faz campanha para combater o aumento dos casos de COVID-19.

 


Legislativo Cidadão: Câmara de Guamaré vota novo valor do Cartão Renda Cidadã.

 Para alterar o artigo 57 da Lei Municipal 647/2015, por meio do Projeto Nº 01/2021, a Câmara de Vereadores de Guamaré se reuniu em sessão extraordinária, na tarde desta segunda-feira, 11, onde foi votado e aprovado à unanimidade dos parlamentares, sob a presidência do vereador Diego Miranda, o aumento do crédito mensal do programa Cartão Renda Cidadão, que passa de R$ 120,00 para R$ 190 reais.

Durante a discussão do projeto foi destacada a iniciativa da legislatura anterior ao corrigir o valor, onde estiveram envolvidos diretamente na temática, através da Comissão de Finanças, os vereadores Edinor Albuquerque, Gustavo Santiago e Sub-Carlos (in memoriam). O aumento vai representar uma injeção mensal de recursos no comércio local perto de R$ 400 mil.

“A Câmara de Guamaré vive hoje um dia histórico, quando se concretiza uma conquista importante para cerca de 2 mil famílias em vulnerabilidade social, que a partir da sanção desta lei pelo Poder Executivo vai poder colocar mais alimentos na mesa”, destacou o presidente da casa em substituição legal, vereador Diego Miranda. Os onze vereadores se pronunciaram durante a discussão do projeto, destacando o ganho real dos beneficiários do programa de transferência de renda, que tem a gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social. (Assecom/CMG).


Dia de festa com coros de parabéns para Hélio Willamy.


Já dizia Ayrton Senna – “Quando penso que já cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além”. São com essas palavras que parabenizamos o prefeito eleito pelo o povo na ultima eleição em Guamaré, Hélio Willamy.

O campeão de votos faz aniversário hoje, e merece do povo guamareense coros de parabéns por esta data impar em sua vida. Como prefeito por duas vezes, Hélio permitiu na sua gestão que cada cidadão pudesse sonhar… Um sonho que é de todos!

Um homem que faz politica por paixão, um político que encontra forças em Deus, na família e no povo para superar seus próprios limites.

A confiança daqueles que votaram em Hélio no ultimo pleito, tem sido o combustível necessário para ele continuar lutando pelo o seu direito, e por uma Guamaré melhor para todos.

Parabéns hoje, felicidades sempre!

Saiba qual é a eficácia das principais vacinas contra a Covid-19.

 Foto: Dado Ruvic/Reuters (30.out.2020)

O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (12) que a eficácia global da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelos Instituto Butantan e pela chinesa Sinovac, é de 50,38%.

Na quinta-feira (7) havia sido divulgado que o imunizante atingiu índice de eficácia de 100% para casos graves e moderados e de 78% para os infectados que apresentaram casos leves ou precisaram de atendimento ambulatorial.

Apesar de ser menor do que a apresentada por outras candidatas, ainda é um bom resultado se comparado a imunizantes que já são conhecidos. A vacina da gripe tem de 40% a 60% de eficácia, a BCG (contra tuberculose), de 70 a 80%, por exemplo.

A Coronavac foi a última entre as cinco principais vacinas desenvolvidas contra a Covid-19 a apresentar seus dados de eficácia.

Em 14 de dezembro, os desenvolvedores russos da vacina Sputnik V publicaram resultados de seu ensaio clínico da vacina e afirmaram que a injeção foi novamente considerada 91,4% eficaz no fornecimento de proteção contra o novo coronavírus.

Dias antes, em 8 de dezembro, a Universidade de Oxford publicou o primeiro resultado revisado da última fase dos testes da vacina contra Covid-19 que desenvolve em conjunto com a AstraZeneca. De acordo com a publicação, o imunizante teve eficácia média de 70,4%.

Confira a eficácia divulgada até o momento das principais vacinas contra Covid-19 em desenvolvimento:

• Pfizer/BioNTech

País: Estados Unidos e Alemanha

Eficácia: 95%

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 43.661 voluntários entre Estados Unidos, Brasil, Argentina, Alemanha, Turquia e África do Sul

• Moderna

País: Estados Unidos

Eficácia: 94,5%

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 30.000 voluntários nos Estados Unidos

• Sputnik V

País: Rússia

Eficácia: 91,4%

Fase de testes: fase 3 em andamento

Pessoas testadas: 40.000 na Rússia

• AstraZeneca/Oxford

País: Reino Unido

Eficácia: 70,4%

Fase de testes: fase 3 concluída, com resultado revisado

Pessoas testadas: 11.636 voluntários participaram de análise de eficácia, no Reino Unido e Brasil

• Coronavac (Sinovac)

País: China

Eficácia: 50,38% (eficácia global); 78% em casos leves; 100% em casos graves e moderados

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 13.000 no Brasil, há também voluntários na China, Indonésia, Turquia, Bangladesh, Filipinas, Arábia Saudita e Chile

Foto: Reprodução/CNN

CNN Brasil


TRISTE: Enfermeira potiguar que perdeu mãe para Covid-19 morre 50 dias após ser internada com a doença.

 Foto: Cedida

A enfermeira potiguar Suely Gurgel, de 40 anos, morreu nesta terça-feira (12), por complicações causadas pela Covid-19, segundo comunicado da família. A morte aconteceu pouco mais de um mês após o falecimento da mãe dela, Ivone Gurgel, de 73 anos, também pela doença. Ambas deram entrada no hospital São Luiz, em Mossoró, no dia 23 de novembro do ano passado. Veja matéria na íntegra no G1-RN AQUI.

FOTOS: Operação da PF e PRF, com apoio da PM, Polícia Civil, Bombeiros, Receita e Marinha mira localidades estratégicas da região metropolitana de Natal, inclusive, no porto e aeroporto.

   Fotos: Divulgação

A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, com apoio Polícia Militar/RN, Polícia Civil/RN, Corpo de Bombeiros/RN, Receita Federal e Marinha do Brasil, deflagraram na manhã desta terça feira, 12/01, na região metropolitana de Natal/RN, a denominada Operação Concórdia.

Trata-se de operação integrada entre instituições federais e estaduais com ações ostensivas coordenadas, baseadas em inteligência, e com foco na repressão a crimes como tráfico de drogas e armas, porte ilegal de arma de fogo, contrabando, receptação de bens, além de cumprimento de mandados de prisão.

As ações se concentram no porto e no aeroporto interacional de Natal-RN, bem como em rodovias federais, zonas costeiras e rios navegáveis da região, observadas as atribuições de cada instituição.

Uma das ações ocorre na Comunidade do “Mosquito”, região com alto índice de criminalidade e situada em ponto estratégico desta capital.

As ações, que não se encerram nesta data, tem por finalidade reduzir os índices criminológicos da região metropolitana de Natal/RN, melhorando a sensação de segurança da população.

Aproximadamente, 230 policiais e agentes públicos participam da ação.

‘Não vamos adiar o Enem’, afirma ministro da Educação, ao citar pedidos pela postergação do exame de uma ‘minoria barulhenta’

 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta terça-feira que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será adiado em função da pandemia da Covid-19. A declaração, feita durante entrevista à CNN Brasil, ocorre em meio a apelos de candidatos por mais um adiamento da prova, que estava prevista para novembro de 2020, por conta dos riscos sanitários relacionados à disseminação em alta do novo coronavírus pelo país.

A demanda ganhou força nos últimos dias através das redes sociais e de uma peça jurídica formulada pela Defensoria Pública da União. O Brasil enfrenta alta na média móvel de casos e óbitos e a situação tem se agravado em diferentes estados. O próprio diretor responsável pelo Enem no Inep, Carlos Roberto Pinto de Souza, que chefiava a pasta de Avaliação da Educação Básica do órgão, faleceu aos 59 anos vítima da Covid-19.

Segundo Ribeiro, os pedidos pela postergação do exame fazem parte de uma “minoria barulhenta” e as medidas de segurança estão garantidas.

— Não vamos adiar o Enem. Primeiro porque tomamos todos os cuidados de biossegurança possíveis. Queremos dar tranquilidade para você que vai fazer a prova, assim como aconteceu no domingo, em menor proporção, claro, no exame da Fuvest (exame de vestibular da USP) — disse o ministro da Educação à emissora.

O Enem terá duas versões: uma presencial, a ser realizada nos dias 17 e 24 de janeiro, e outra virtual, prevista para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Os candidatos só puderam se candidatar a uma das modalidades. Inicialmente, o exame ocorreria em 1° e 8 de novembro do ano passado na edição impressa e 11 e 18 de outubro na versão digital.

O exame tem 5,7 milhões de inscritos. Ainda no âmbito dos riscos da Covid-19, Ribeiro defendeu a atuação da pasta na mitigação dos desafios sanitários e disse que a perda do exame significaria um empecilho no acesso dos estudantes às escolas federais e públicas, embora não esteja claro que mais um adiamento implicaria no cancelamento do exame, que não está na pauta dos vestibulandos.

— Neste ano, colocamos muito mais recursos para alugarmos mais salas, para haver o distanciamento preconizado pelas autoridades sanitárias — afirmou Ribeiro à CNN. — É bom eu aproveitar essa oportunidade para dizer que um semestre a menos, se perdermos o Enem, vai atrapalhar toda a programação de acesso dos estudantes às escolas federais e públicas.

Na mesma entrevista, o ministro da Educação lamentou a morte do diretor do Inep pela Covid-19, mas defendeu que a vida “não pode parar”:

— Era uma pessoa muito dedicada, muito querida por todos nós. Ele estava internado há alguns dias e registramos isso com pesar. Quero registrar a morte de outro educador, o Antônio Veronezi, muito amigo meu, muito dedicado, que faleceu de Covid-19. Mas a vida continua, não podemos parar. Temos que seguir em frente.

O Globo

Justiça nega pedido de adiamento e mantém as datas do Enem 2020.

 Foto: Mariana Leal/MEC

A Justiça Federal em São Paulo negou o pedido de adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Com isso, estão mantidas as datas de realização da prova, marcadas para 17 e 24 de janeiro (versão impressa).

De acordo com a decisão, caso uma cidade tenha elevado risco de contágio que justifique medidas severas de restrição de circulação, caberá às autoridades locais impedir a realização da prova. Se isso acontecer, o Inep, responsável pela prova, terá que reaplicar o exame.

A decisão é da juíza Marisa Claudia Gonçalvez Cucio, da 12ª Vara Cível Federal de SP. A realização do Enem 2020 colocará 5,78 milhões de candidatos em circulação.

Originalmente, o exame seria feito em novembro, mas foi adiado devido à pandemia. Com o aumento no número de casos de transmissão no país, entidades pediram um novo adiamento da prova.

O texto da decisão cita que a pandemia varia em cada região do país e que fica a cargo das autoridades sanitárias locais decidirem se há segurança para a realização da prova.

“A situação da pandemia em uma cidade pode ser mais ou menos grave do que em outra e as peculiaridades regionais ou municipais devem ser analisadas caso a caso, cabendo a decisão às autoridades sanitárias locais, que podem e devem interferir na aplicação das provas do ENEM se nessas localizações específicas sua realização implicar em um risco efetivo de aumento de casos da Covid-19”, diz um trecho da decisão.

A decisão também cita os cuidados dos candidatos para minimizar possíveis contágios e diz que as medidas adotadas pelo Inep, órgão responsável pelo exame, são “adequadas” para fazer a prova na data prevista. No início da semana passada, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que está “preparado” para fazer a prova em plena pandemia.

“Entendo que as medidas adotadas pelo Inep para neutralizar ou minimizar o contágio pelo coronavírus são adequadas para viabilizar a realização das provas nas datas previstas, sem deixar de confiar na responsabilidade do cuidado individual de cada participante e nas autoridades sanitárias locais que definirão a necessidade de restrição de circulação de pessoas, caso necessário.”, diz outro trecho da decisão.

“Se o risco maior de contágio em determinado município ou localidade venha a justificar eventuais restrições mais severas de mobilidade social ou mesmo de “lockdown” por parte das autoridades sanitárias locais ou regionais, que impeçam a realização de provas, ficará o Inep obrigado à reaplicação do exame diante da situação específica”, afirma o documento.

Na última sexta (7), a Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento do Enem, frente ao aumento no número de casos no Brasil. A ação é com conjunto com a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.

Na mesma sexta, mais de 45 entidades científicas publicaram uma carta endereçada ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, em que expressam preocupação pela realização do exame.

Encabeçam a manifestação a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Segundo a carta, as medidas do Inep e do governo federal “não são suficientes para garantir a segurança da população brasileira, num momento de visível agravamento da pandemia no país”.

G1

CoronaVac tem eficácia geral de 50,38%, diz Instituto Butantan.

 

Foto: Divulgação

A vacina CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil, segundo informou o Instituto Butantan em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (12).

Chamado de eficácia global, o índice aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves. O número mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

Na semana passada, o instituto já havia anunciado que, nos testes feitos no país, o imunizante atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% em casos graves e moderados, ou seja, a vacina protegeu contra mortes e complicações mais severas da doença.

“Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial”, defendeu o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, durante o anúncio.

 Fotos: Divulgação/Instituto Butantan

“A gente tinha previsto que a vacina tinha que ter uma eficácia menor em casos mais leves e uma eficácia maior em casos moderados e graves e nós conseguimos demonstrar esse efeito biológico esperado. Esta é uma vacina eficaz. Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia através desse efeito esperado que é a diminuição da intensidade da doença clínica”, afirmou o diretor de pesquisa do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, ao apresentar os dados do estudo.

A CoronaVac é uma vacina contra a Covid-19 que usa vírus inativados. Ela é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan, que é vinculado ao governo de São Paulo.

Os testes foram feitos em 12.508 voluntários no país, todos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, em 16 centros de pesquisa.

Segundo Ricardo Palácios, a vacina foi testada com os profissionais de saúde porque eles têm a maior exposição ao vírus, muito maior eu a população em geral.

“[O teste] não é a vida real exatamente. É um teste artificial, no qual selecionamos dentro das populações possíveis, selecionamos aquela população que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta. A gente quer comparar os diferentes estudos, mas é o mesmo que comparar uma pessoa que faz uma corrida de 1km em um trecho plano e uma pessoa que faz uma corrida de 1 km em um trecho íngreme e cheio de obstáculos. Fizemos deliberadamente para colocar o teste mais difícil para essa vacina, porque se a vacina resistir a esse teste, iria se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários”, disse.

Na Indonésia, dados preliminares de testes de fase 3 mostraram uma eficácia de 65,3% para a vacina. O país aprovou o uso emergencial da CoronaVac, e o presidente Joko Widodo deve receber a primeira dose nesta quarta-feira (13).

De acordo com os pesquisadores chineses, a CoronaVac não apresentou “nenhuma preocupação com relação à segurança”. A maioria das reações foram leves, sendo que a mais comum foi a dor no local da injeção.

Eficácia da CoronaVac

A eficácia de uma vacina contra Covid-19 é calculada com o auxílio de um protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classifica os casos da doença entre os voluntários dos testes. Essa tabela da OMS separa os voluntários em 10 níveis, sendo que o nível 0 corresponde a um paciente não infectado pela doença e o nível 10 equivale a um voluntário que morreu em decorrência do coronavírus.

A taxa de eficácia de 78%, apresentada pelo Instituto Butantan na última semana, foi calculada considerando somente casos de Covid-19 com pontuação maior ou igual a 3, comparando o grupo vacinado e o grupo que recebeu placebo, uma substância neutra.

Protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classifica os casos da doença entre os voluntários dos teste de uma vacina. — Foto: Jornal da USP

Ou seja, a eficácia de 78% demonstra o quanto a vacina é capaz de prevenir casos em que é confirmada a infecção pelo coronavírus, sintomática, e com necessidade de intervenção médica.

Outro dado apresentado pelo governo estadual na última semana, a eficácia de 100% em casos graves corresponde à capacidade da vacina CoronaVac em proteger casos de Covid-19 que exigem hospitalização, ou seja, superiores a 4 na escala da OMS.

Já a eficácia divulgada nesta terça (12) inclui também pacientes com Covid-19 considerados independentes, isto é, que apresentam apenas sintomas leves, sem necessidade de intervenção médica.

Dados incompletos

No sábado (9), a a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que o Instituto Butantan entregou documentação incompleta dos testes feitos no país e cobrou o envio das informações.

Na ocasião, o instituto disse que a solicitação faz parte do processo e que seria prontamente atendida. Nesta segunda (11), o Butantan afirmou que 48% do processo já foi concluído e que a agência já analisou cerca de 40% dos documentos enviados.

Plano de vacinação

Em coletiva de imprensa nesta segunda (11), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), manteve o cronograma de vacinação definido pelo plano estadual e cobrou uma definição de data do Ministério da Saúde.

O Plano Estadual de Imunização (PEI) foi elaborado pelo governo paulista considerando justamente a aplicação da CoronaVac, que é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com Butantan.

Questionado sobre como a data de início do plano estadual pode estar mantida – já que o Instituto Butantan assinou um contrato de exclusividade para fornecer a CoronaVac para o governo federal – Doria disse apenas que “a exclusividade é pela vida”.

O governador alegou ainda que “o sistema nacional de imunização será respeitado e atendido por São Paulo se atender São Paulo, dentro de critérios científicos”.

A promessa de Doria é utilizar os 5,2 mil postos de vacinação já existentes nos 645 municípios do estado e ampliar a rede para até 10 mil locais de vacinação por meio da utilização de escolas, quartéis da PM, estações de trem e terminais de ônibus, além de farmácias e de pontos de vacinação no sistema drive-thru.

G1