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sábado, 10 de junho de 2017

A trilha do cangaço no RN: cidades guardam marcas da passagem de Lampião pelo estado.

“O povo falava que Lampião tinha passado por aqui e tinha umas armas guardadas…”. Foi assim que dona Ilma de Oliveira começou a contar a história que sempre ouviu dos mais velhos. A senhora de cinquenta e poucos anos mora na casa que serviu de apoio aos cangaceiros em 10 de junho de 1927. Naquele dia de madrugada Lampião e seu bando entravam em terras potiguares. Eles chegaram pela Paraíba, cruzaram a divisa dos estados e apearam-se bem na casa onde dona Ilma criou os três filhos. A estrutura é quase a mesma: paredes largas, teto alto, tornos de madeira e caritós para guardar objetos. “Até um tempo desse os familiares do antigo dono ainda vinha aqui olhar e recordar”, conta.
Foi nessa casa que Lampião se abrigou ao entrar no RN em 1927 (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
A casa que fica no sítio baixio, no pé da Serra de Luís Gomes, pertencia a familiares dos cangaceiros Massilon Leite e Pinga-fogo. Massilon era ‘os olhos e ouvidos’ do líder pelas bandas do sertão potiguar. Era ele o responsável por guiar os homens do cangaço no plano de atacar a cidade próspera de Mossoró.
A recepção durou pouco. Quando amanheceu os cangaceiros se embrenharam na caatinga. Galoparam por veredas, saquearam fazendas e fizeram prisioneiros. Na Fazenda Nova, onde hoje é o município de Major Sales, até o padrinho de Massilon, coronel Joaquim Moreira, foi sequestrado. Na fazenda vizinha de Aroeira, onde hoje é a cidade de Paraná, eles fizeram mais uma refém: a senhora Maria José foi levada pelo bando que seguia despistando a polícia e invadindo propriedades. “A passagem do bando de Lampião pelo RN está qualificada como banditismo, pois tem casos de assalto, assassinato e uma novidade que até então não tinha aqui que era o sequestro”, explicou o pesquisador Rostand Medeiros que já fez o mesmo trajeto de Lampião no RN algumas vezes. “Depois desses ataques na manhã do dia 10, o bando continuou subindo e praticando todo tipo de desordem”, lembrou.
Para seguirem sem alardes os cangaceiros evitavam a passagem por centros urbanos mais desenvolvidos e desviavam de estradas reais, aquelas por onde passava o gado e o movimento era maior. O objetivo era evitar confrontos para não desperdiçar munição e nem perder homens, já que ainda tinha muito caminho até Mossoró.
Mapa mostra o percurso feito por Lampião em terras potiguares (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Mais ataques
Na tardinha do dia 10 de junho de 1927 o grupo chegava na Vila Vitória, território que hoje pertence ao município de Marcelino Vieira. No povoado ainda é possível encontrar casas remanescentes da época, e algumas até com sinais da violência praticada pelo bando. Na casa de dona Maria Emília da Silva, por exemplo, eles deixaram marcas de boca de fuzil. Era comum bater com as armas na madeira para assustar os donos da casa. “Eles só foram embora quando viram o retrato de Padre Cícero. Onde tinha retrato de Padre Cícero ele não fazia nada”, contou.
Na comunidade vizinha os cangaceiros saquearam a casa onde mora dona Terezinha de Jesus. A casa é antiga, do ano de 1904, mas ainda mantém a estrutura da época. A aposentada conta que o pai avistou de longe quando o bando chegava, mas não teve tempo de fugir. Na casa, eles procuraram joias, armas e dinheiro. “Eles iam a cavalo e armados. Papai dizia que para montar era um serviço grande porque estavam pesados com armas”, disse Dona Terezinha ao mostrar o quarto dos fundos onde ficam guardados os baús alvos dos cangaceiros. “Deixavam as roupas tudo no chão. Jogavam tudo atrás de dinheiro. Aí dinheiro não tinha. Naquela época era difícil, né? Mas se achassem podiam levar. Era o que diziam”, contou dona Terezinha enquanto acendia a lamparina para mostrar os objetos preservados.
Depoimentos de testemunhas e vítimas da vila Vitória compõem o processo contra Lampião que tramitou na Comarca de Pau dos Ferros.
Em 1927 os pertences dos moradores eram guardados em baús (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Fogo da Caiçara: O primeiro combate militar contra Lampião no RN
A notícia de que o bando estava invadindo propriedades na Vila Vitória mobilizou a força militar. A polícia juntou homens para enfrentar os cangaceiros. O combate aconteceu no local onde hoje é o açude de Marcelino Vieira. “Por conta da seca é possível ver exatamente onde ocorreu o primeiro combate militar contra a invasão do bando no estado. Essas plantas que estavam cobertas de água ainda podem testemunhar esse fato”, disse o historiador Romualdo Carneiro ao mostrar as marcas de tiros que ficaram nos pés de canafístulas.
Quando o combate começou a caatinga se acinzentou com a queima da pólvora dos rifles e espingardas dos dois grupos em guerra. O agricultor Pedro Felix ouviu o pai contar como foi: “Muito tiro. Muito tiro. Chega assombrava o povo que só pensava em fugir”.
O escritor Sergio Dantas, conta em seu livro “Lampião e o Rio Grande do Norte: a história da grande jornada”, que o tiroteio durou trinta minutos. Os cangaceiros, em maior número e treinados na guerrilha da caatinga, puseram a frota militar ao recuo. No confronto morreram o soldado José Monteiro de Matos e um cangaceiro conhecido como Azulão.
Os moradores da região até hoje se referem ao soldado como sendo um herói. “Quando acabou a munição os outros foram embora, mas ele disse ‘eu morro, mas não corro!’ e morreu lutando.” contou seu Pedro ao apontar para os restos de tijolos do antigo monumento construído em homenagem ao soldado. “Era bem aqui que tinha uma cruz pra ele, mas quando fizeram o açude levaram lá pro outro lado”, explicou.
Ainda hoje o local onde está o monumento recebe visitações. Todo dia 10 de junho a figura do soldado é homenageada pelos moradores que fazem celebrações. A missa do soldado virou um evento no povoado.
O antigo mausoléu mudou de local em 1989 quando o açude foi construído (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
O monumento atual fica próximo a capela onde é celebrada a tradicional missa do soldado (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Fim da festa, não do medo
Não demorou para o bando chegar ao povoado de Boa Esperança, local onde hoje é o município de Antônio Martins. O ataque aconteceu em frente a igrejinha da comunidade onde acontecia a festa de Santo Antônio. “Em vez de recepcionar a banda de música para a novena do padroeiro os devotos foram surpreendidos com a chegada dos cangaceiros que bagunçaram as casas, saquearam o comércio, quebraram melancia na cabeça do dono e acabaram com a festa”, contou o historiador Chagas Cristovão.
O ataque aconteceu no pátio dessa capelinha construída em 1901 (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
O principal comércio da época ficava ao lado da Igrejinha. O prédio ainda guarda as características de antigamente. Relatos dão conta de que na tarde do ataque o bando só foi embora depois que uma senhora implorou. “Atendendo ao pedido de Rosina Maria, que era da mesma terra de Lampião, o bando deixou o vilarejo e seguiu rumo a Mossoró.”, concluiu o historiador.
Mesmo depois que os cangaceiros se debandaram o medo permaneceu entre os moradores. Houve até quem fizesse promessa para não sofrer as maldades do bando. Hoje dá pra avistar no alto da serra, uma capelinha construída para agradecer a proteção.
Capelinha em homenagem a São Sebastião fica na Serra de Veneza (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
O massacre
Eram altas horas da noite do dia 11 de junho quando o bando entrava na Vila de Lucrécia. Uma das casas invadidas na Fazenda Serrota continua preservada. Na janela estão as marcas de tiros e nas paredes os retratos daqueles que estiveram frente a frente com Lampião. “Quem morava aqui eram meus avós Egidio Dias e Donatila Dias. Eles amarraram Egídio Dias e levaram ele lá pro Caboré.”, contou o aposentado Raimundo Leite, que mora ao lado da antiga casa dos avós.
Caboré é um sítio que fica a poucos quilômetros da Fazenda. O prisioneiro teria sido levado por uma estrada de terra onde hoje é a RN 072. Os cangaceiros pediram dez contos de reis para poder soltar o fazendeiro. “Um grupo de mais de dez homens foi até lá pra tentar salvar Egídio, mas foi surpreendido por uma emboscada. Três homens acabaram mortos.”, relatou a pedagoga Antônia Costa.
No local do massacre foi construído um monumento em homenagem aos homens. Em Lucrécia eles são reconhecidos como heróis. “Todo dia 11 de junho tem programação na cidade em memória de Francisco Canela, Bartolomeu Paulo e Sebastião Trajano”, enfatizou a pedagoga.
Egídio Dias fugiu. Permaneceu várias horas no mato. Só depois que o bando foi embora ele conseguiu voltar para o convívio da família.
O bando seguiu desafiando a caatinga. Os rastros de destruição ficavam pelas propriedades. Na manhãzinha do dia 12 eles entraram na Fazenda Campos, onde hoje é território de Umarizal. Na casa grande, que estava abandonada pelos donos amedrontados, eles ficaram pouco tempo até pegarem a estrada de novo. Uma marcha que parecia não ter fim.
Horas depois eles chegaram ao povoado de São Sebastião, hoje Governador Dix Sept Rosado. “Meu pai conta que Lampião passou na Estação de Trem e fez muita bagunça. Aí o povo do sítio era tudo no mato com medo. Meu pai mesmo dormiu muitas noites no mato, com medo”, relembra seu Maurilio Virgílio, aposentado de 75 anos que hoje mora pertinho da Estação alvo dos ataques.
A estação foi alvo dos cangaceiros no povoado de São Sebastião (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Os cangaceiros ainda saquearam o comércio, queimaram os vagões do trem e destruíram o telégrafo. Mas antes disso, um agente da Estação conseguiu mandar uma mensagem para Mossoró informando que o bando estava a caminho.
Foi o tempo de Mossoró se preparar para a luta. E a cidade tava mesmo preparada. Quando receberam o recado que Lampião e seu bando estava por vir, autoridades e outras personalidades da época se uniram, chamaram os moradores e começaram a montar as estratégias de defesa. Essas pessoas que venceram o combate 90 anos atrás são conhecidos como heróis da resistência.
“Foi um feito heroico de um grupo de cidadãos e cidadãs, que se juntou pra defender a cidade. Quando eu olho para a resistência ao bando de lampião, eu não vejo uma individualidade, vejo um ato de cidadania, de coragem que esse grupo frente à sua vida, à sua cidade”, diz o historiador Lemuel Rodrigues.
Noventa anos depois, os resistentes já se foram, mas ficou o legado. Ter um herói na família é motivo de orgulho para muitos mossoroenses. Algumas figuras estavam na linha de frente e lideraram a defesa da cidade contra o bando de Lampião. Tenente Laurentino, por exemplo, organizou as trincheiras e montou o plano de resistência com o apoio dos civis, todos liderados pelo prefeito Rodolfo Fernandes.
De acordo com os registros da época, o confronto entre os moradores e o bando de lampião durou cerca de quarenta minutos. Quase 170 homens participaram da defesa da cidade e ficaram espalhados em 23 trincheiras no centro de Mossoró. Uma delas teve papel fundamental para o sucesso do combate: a torre da capela de São Vicente que era o ponto mais alto de Mossoró. Do local, os resistentes tinham uma visão privilegiada. Três homens ficaram na torre e surpreenderam os cangaceiros.
“Manoel Felix, Tel Teófilo e Manoel Alves eram os três homens que estava no Alto da Torre. A partir daí, eles começaram a informar que os cangaceiros estavam vindo do lado de cá, na lateral da capela. E nesse momento, eles passam a ser revidados e deixam de ser atiradores para se tornarem alvos”, explicou o historiador Kydelmir Dantas.
Os homens que ficaram lá em cima não foram atingidos, mas as marcas dos tiros ainda permanecem no alto da torre. A capela que serviu de trincheira e guarda um dos maiores símbolos do combate de 13 de junho de 1927, dia em que Lampião e seu bando bateram retirada de Mossoró.
Do G1/RN
Imagens: Reprodução

Assessora parlamentar da AL-CE é morta a tiros quando chegava à academia.





Uma assessora parlamentar que trabalhava na Assembleia Legislativa do Ceará foi assassinada a tiros na manhã desta sexta-feira (9), no Bairro Vila Velha, em Fortaleza. De acordo com a polícia, Sandra Rafaela Jefferson Bastos, de 29 anos, chegava a uma academia de ginástica na Avenida Mozart Lucena, quando foi abordada por dois homens em uma moto. Um dos suspeitos desceu da moto e efetuou pelo menos quatro tiros.

A Polícia Civil do Estado do Ceará informou que equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Perícia Forense (Pefoce) realizaram os primeiros levantamentos acerca do crime. Um inquérito policial será instaurado para investigar a motivação do homicídio. Ninguém foi preso. 

(Focoelho)

Jandaíra: A prefeita Marina Dias Marinho participou do EcoBike, evento que encerrou a semana do Meio Ambiente no município. Veja as imagens


Nessa sexta-feira (09) a  Secretaria do Meio Ambiente promoveu o 2° EcoBike em encerrando as atividades relacionado a preservação do nosso Meio Ambiente. 

Em um passeio para as nossas belíssimas cavernas.

A semana foi de desenvolvimento de projetos, oficinas e palestras ministrado pelo Secretário Anchieta Pinto.

Todas as atividades teve o apoio da prefeitura e de todos Secretários.

A prefeita Marina Dias Marinho prestigiou o evento. 




























Palestras ministradas nas escolas do Município.








Por 4 votos a 3, TSE rejeita cassação da chapa Dilma-Temer na eleição de 2014.

Michel Temer e Dilma Rousseff, durante cerimônia em junho de 2015 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Michel Temer e Dilma Rousseff, durante cerimônia em junho de 2015 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu nesta sexta-feira (9), por 4 votos a 3, a ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente Michel Temer da acusação de abuso de poder político e econômico na campanha de 2014.

A maioria dos ministros considerou que não houve lesão ao equilíbrio da disputa e, com isso, livrou Temer da perda do atual mandato e Dilma da inegibilidade por 8 anos. O voto que desempatou o julgamento foi o do ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, o último a se manifestar.

A ação julgada pelo TSE foi apresentada pelo PSDB após a eleição de 2014 e apontava mais de 20 infrações supostamente cometidas pela coligação “Com a Força do Povo”, encabeçada por PT e PMDB.

A principal era a suspeita de que empreiteiras fizeram doações oficiais com o pagamento de propina por contratos obtidos na Petrobras, além de desvio de dinheiro pago a gráficas pela não prestação dos serviços contratados.

G1

Juiz determina transferência de ex-ministro Henrique Alves para Brasília.

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O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira determinou a transferência do ex-ministro Henrique Alves do Estado (RN) para a carceragem da Polícia Federal em Brasília.

Henrique foi preso na última terça (6) e está na Academia de Polícia Militar, em Natal.

Ele foi alvo de dois mandados de prisão: um da operação Manus – que investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas; e outro da operação Sépsis – que investiga esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

SEMAS emite nota esclarecendo que declaração de renda é auto declaratória e que acompanhamento das condicionalidades em Guamaré, é exemplo para o RN.

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Uma matéria irresponsável postada nas redes sociais mostra que muito se fala e pouco se sabe, uma vez que, a fiscalização do Ministério Público Federal, encontra inconsistência nas declarações dos Beneficiários do Programa Bolsa Família nos municípios, e cabe aos municípios averiguarem, ou seja, as declarações dos beneficiários como são auto declaratórias, cabe aos órgãos de controle fiscalizarem e a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), fazer os devidos procedimentos.
O Município de Guamaré tem o total de 4.018 famílias inscritas no Cadastro Único, sendo que 1.959 destas declararam ter renda per capita de até R$ 85,00 e 372 de renda entre R$ 85,01 e R$ 170,00.  Destas o Governo Federal beneficiou, no mês de maio de 2017, 1.887 famílias, ou seja, ainda 444 famílias inscritas no Cadastro Único, declararam está dentro do perfil do Programa, e ainda não foram beneficiadas.
Com o objetivo de diminuir as inconsistências, de 02 em 02 anos a SEMAS vem fazendo o recadastramento de todas as famílias do Cadastro Único, como acontece este ano. No ano passado, a Secretária Marisa Rodrigues, disse que foi realizada uma averiguação sobre uma lista enviada pelo Ministério Público Federa, onde os técnicos emitiram os devidos pareceres, deferindo alguns e indeferindo outros, já que as listas do MPF apontam irregularidades, mas isso, não quer dizer que elas existam. Resultando os seguintes números: Família de Servidores em averiguação foram de 366 famílias, destas 274 famílias – 75% tiveram os benefícios cancelados para a averiguação;  06 famílias – 2% mudaram de município; 30 famílias – 8% tiveram os benefícios liberados através de  parecer do Serviço Social e comprovação documental que as famílias estavam dentro dos critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa Família e 56 famílias – 15% tiveram os benefícios bloqueados:, destas 24 famílias tiveram parecer emitido por assistente social favorável para continuarem a receber o benefício do Bolsa Família.
67 famílias eram de empresários (Beneficiários que abriram microempresas para gerirem algum tipo de negócio), destes 38 famílias – 57% tiveram os benefícios cancelados; 01 família 1% mudou de município; 02 famílias – 3% tiveram os benefícios liberados através de parecer do Serviço Social e comprovação documental que as famílias estavam dentro dos critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa Família e 26 famílias – 39% tiveram os benefícios bloqueados para averiguação.
Ao final, foi encaminhado ao MPF ofício relatando todo o processo dessa averiguação com seguintes quantitativos alcançados: todas as situações identificadas na averiguação da auditoria realizada, quais foram: do total de 433 averiguações em novembro de 2016: 312 benefícios cancelados (72%), 07 benefícios transferidos para outros municípios (2%), 32 benefícios liberados por parecer do serviço social (7%) e 82 benefícios bloqueados e em processo de regularização ou cancelamento (19%).
Ressaltamos que as inconsistências em suspeitas pelo Ministério Público Federal, são de caráter auto declaratórias pelos beneficiários do PBF. A secretaria Municipal de Assistência Social atendeu a notificação e contribuiu para a averiguação dessas famílias no prazo estabelecido pelo MPF. Destacamos que houve uma diminuição significativa no número de beneficiários entre os dados de agosto e novembro de 2016 (período da realização da averiguação) Em agosto eram 1.779 beneficiários e Novembro foram 1.601, uma redução de 178 beneficiários.
Quanto a Gestão do Programa Bolsa Família, no tocante a Gestão Municipal, a Secretária Marisa Rodrigues, ressalta que os índices quanto as condicionalidades do Programa Bolsa Família, configuram entre as melhores do Estado, conforme números do Ministério do Desenvolvimento Social.
Vejam:
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar,   com base no bimestre de novembro de 2016, atingiu o percentual de 98,2%, para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 1.456 alunos acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 1.483. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 92,4%, resultando em 306 jovens acompanhados de um total de 331.
Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de 2016, atingiu  98,2 %, percentual equivale a 1.740 famílias de um total de 1.772 que compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do município.
Fonte: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php#Visão Geral

Programa Renda Cidadã beneficia cerca de 2.300 famílias que vivem abaixo da linha de pobreza em Guamaré.

“Tem ainda quem enxergue os milhões arrecadados da Prefeitura Municipal de Guamaré. Eis, aqui apenas um dos muitos exemplos que mostra onde o dinheiro do povo vai parar”.  
“O que antes não era possível, hoje é possível!” disse Adriana Rosendo.
A Prefeitura Municipal de Guamaré, através da Secretaria de Assistência Social, com o propósito de implementar as políticas públicas de apoio às famílias que vivem abaixo da linha de pobreza, beneficia mensalmente cerca de 2.300 família do município com o Programa Renda Cidadã.
Mensalmente essas famílias passam a receber um cartão para compras no comércio local com o valor de R$: 125,00, as famílias contempladas são regulamentadas por lei, o programa tem um impacto positivo no comércio local, com a injeção de quase R$: 300.000,00 (trezentos mil reais) por mensalmente. Ressaltando que a cada período de 12 meses verificará as condições e critérios para permanência da família no programa.
O Programa é um benefício eventual destinado às famílias e pessoas com renda de um salário mínimo ou renda per capita familiar inferior ou igual a ¼ (um quarto) do salário mínimo e/ou com impossibilidades de arcar por conta própria com o enfrentamento de contingências sociais que provoquem riscos e fragilize a manutenção da unidade familiar, a sobrevivência de seus membros ou a manutenção da pessoa, para isso, a família ou pessoa beneficiada deverá estar cadastrada no Programa Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal atualizado, e residir no município há pelo menos cinco anos (exceto nos casos de calamidade pública).
“O cartão Renda Cidadã veio em boa hora para muitas famílias aqui em Guamaré, incluindo a minha. O Valor me garante a certeza de uma vida mais digna com meus filhos, com alimentação e a possibilidade de poder adquirir artigos básicos no mercadinho, que fica próximo a minha casa, o que antes não era possível, hoje é possível!”, Disse a Dona casa Adriana Rosendo.

Guamaré em Dia

1ª instância: Prefeito e vice-prefeito de São Bento do Norte têm mandatos cassados.


Com base em Ações de Investigação Judicial Eleitoral ajuizadas na 52ª Zona eleitoral, uma pelo representante do Ministério Público Eleitoral, Dr. Thiago Salles Assunção, e outra por Marcos Antônio Nunes da Silva, (candidato a prefeito) e Partido Republicano Brasileiro (PRB), o Juiz Eleitoral Bruno Montenegro Ribeiro Dantas cassou os diplomas e mandatos dos candidatos eleitos ao cargo de prefeito e vice-prefeito do município de São Bento do Norte, Cláudio Henrique Gomes Pereira e João Maria Montenegro de Souza, por captação ilícita de sufrágio e abuso do poder econômico, através da oferta, promessa e doação de material de construção, violando as proibições previstas no art. 41-A, caput, da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, com interpretação feita em conjunto com o § 1º do mesmo artigo.

A decisão datada de 06 de junho poderá ser consultada, na sua íntegra, no site do TRE/RN, publicada no Diário da Justiça desta sexta feira, 09/06/2017

Material de construção

Segundo as denúncias, os representados, patrocinaram a distribuição de materiais de construção para eleitores, em plena campanha eleitoral, infringindo as normas extraídas dos artigos 23, § 5º, 26 e 39, todos da lei nº 9.504. condutas que subsumen-se ao disposto no art. 41-A desta lei.

O Dr. Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, com base nas provas acostadas e em depoimentos das testemunhas arroladas, informa em sua sentença que “Ressoa evidente, senão, que os representados, através do manuseio irregular de recursos financeiros, por meio de doações e promessas de doações de materiais de construção, manipularam a liberdade de voto e a vontade eleitoral da população, o que anuncia inconteste abuso do poder econômico”.

E continua: “Nesta perspectiva, da análise minuciosamente levada a cabo sobre o acervo probante colacionado, é manifesta a captação de sufrágio, a qual, claramente, assume ares de vantagem indevidamente obtida em relação aos seus adversários, o que fere de morte, invariavelmente, o próprio postulado da isonomia ou da igualdade de oportunidade entre os concorrentes, com potencialidade de influir no resultado do pleito eleitoral”.

Carlos Alberto Pereira da Silva

Quanto ao candidato Carlos Alberto Pereira da Silva, também investigado na Ação interposta pelo Ministério Público Eleitoral, o juiz destaca que: “não restou suficientemente demonstrada a existência de conduta ilícita de sua parte tendente a afetar a igualdade de oportunidade entre candidatos. Sob essa realidade, percebo que apenas algumas referências foram relacionadas a este representado, as quais, vale dizer, não foram, de nenhuma forma, ratificadas em juízo”.

*Com informações da 52ª Zona Eleitoral Foto: Promotor Eleitoral Thiago Salles assunção e Juiz Eleitoral Bruno Montenegro Ribeiro Dantas.

Fonte: TRE-RN