Euripedes Dias

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Alunos da USP promoverão ‘semana do baseado’


Alunos da Universidade de São Paulo (USP) promoverão, entre segunda e sexta-feira, a Semana de Barba, Bigode e Baseado. Serão cinco dias de atividades para discutir a proibição do uso de drogas ilícitas no câmpus do Butantã, na zona oeste da capital. Está prevista uma noite do fumo, que, “para efeitos jurídicos”, terá “apenas orégano, substância lícita”. O convite para o evento é feito pelo Facebook.
“A semana terá um caráter lúdico e libertário”, disse Caio Andreucci, estudante do 3.º ano de Ciências Sociais e um dos organizadores. Ele contou que a ideia surgiu na Frente Uspiana de Mobilização Antiproibicionista (Fuma). O grupo foi fundado no fim do ano passado, em meio aos protestos surgidos após a Polícia Militar flagrar três estudantes com maconha na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que acabaram com a invasão da Reitoria.
Segundo Andreucci, a maioria dos participantes é da FFLCH, mas devem marcar presença também alunos do Direito. “A gente vai discutir a moralidade na questão das drogas com ironia e piada”, prometeu.
Na segunda-feira, dia 16, serão apresentados documentários sobre drogas e mulheres que vivem no mundo do tráfico. As sessões serão exibidas no Espaço Verde, um sala da FFLCH, a partir das 20 horas. No dia seguinte, será a vez do fumo lícito, como definiu o regulamento do evento. Na mesma página na internet, os estudantes postaram que “droga não é demônio” e o que estará em pauta é a “autonomia sobre o próprio corpo e a liberdade de escolha”. Professores da USP estão entre palestrantes anunciados no Facebook.
Apesar das frases, Caio lembrou que não serão fornecidas drogas no local. “É uma questão que não podemos controlar, mas não vamos incitar.”
Arrecadação. No último dia de discussões, previsto para a próxima sexta-feira, será realizada uma cervejada na faculdade. O dinheiro arrecadado com a venda de bebidas será revertido para a Marcha da Maconha, movimento que defende a legalização da droga no Brasil.
A Assessoria de Imprensa da Reitoria da USP informou que não vai se manifestar sobre o evento. No mês passado, o coronel da reserva Luiz de Castro Junior assumiu a Guarda Universitária da USP. Ele não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto.
Fonte: Estadão

CPI do Cachoeira tira sono de Dilma e divide PTistas


A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o empresário Carlos Cachoeira e suas relações com políticos começou a preocupar a presidente Dilma Rousseff e rachou o PT, seu partido, informa reportagem deCatia SeabraNatuza Nery e Andreza Matais, publicada na Folha desta sexta-feira.
Petistas disseram que a presidente não gostou de a CPI ter sido anunciada durante sua viagem aos EUA, nem da participação de alguns de seus principais ministros em uma reunião na semana passada que acabou dando o pontapé à investigação parlamentar.
Segundo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a CPI mista –que reunirá deputados e senadores –será instalada na próxima terça-feira (17).
Até lá, líderes partidários vão recolher as assinaturas necessárias para que o pedido de CPI seja encaminhado à Mesa do Congresso.
Para ser instalada, a CPI precisa do apoio de, no mínimo, 27 senadores e 171 deputados (do total de 81 senadores e 513 deputados).
Pelo texto apresentado ontem que pede a criação da comissão, as investigações devem se debruçar sobre as práticas criminosas do empresário Carlos Cachoeira, desvendadas pelas operações “Vegas e Monte Carlo”, da Polícia Federal. O texto também fala da relação do empresário com agentes públicos e privados.
Em tempo: O governador Agnelo Queiroz (PT-DF) reconheceu nesta quinta-feira, por meio do porta-voz do governo do Distrito Federal, que esteve uma vez com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de comandar um esquema de jogo ilegal.
fonte: blog do bg

Estadão destaca escândalo dos Precatórios no TJ/RN


O Estadão de hoje traz matéria destacando o escândalo no Setor de Precatórios do TJ/RN.
Segue reportagem:
STJ investiga fraude de R$ 13 milhões no RN
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai apurar denúncias de desvio de dinheiro do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, uma fraude estimada em mais de R$ 13 milhões. A corte superior abriu investigação contra os desembargadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz. Outras frentes de investigação já foram abertas. Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que houve desvio de R$ 13,2 milhões. A comissão interna instaurada no Tribunal de Justiça chegou também a esse valor.
O desembargador Caio Alencar, que preside as investigações, chegou a dizer que os R$ 13 milhões são valores preliminares, pois o trabalho de apuração ainda não foi concluído. No STJ o inquérito será relatado pelo ministro Cesar Asfor Rocha.
Os dois magistrados foram citados pela ex-chefe do Setor de Precatórios, Carla Ubarana de Araújo Leal, que, com o marido, o empresário George Leal, são réus confessos do esquema. Em depoimento ao juiz Armando Ponte, da 7.ª Vara Criminal de Natal, no dia 30 de março, a servidora do TJ revela que o dinheiro desviado do Setor de Precatórios era rateado entre ela e os dois desembargadores.
No depoimento, Carla Ubarana disse que o esquema começou em 2007, quando ela foi nomeada para a chefia do Setor de Precatórios p0r Osvaldo Cruz, na época presidente do tribunal.
Segundo a servidora, que foi exonerada da função no início deste ano – mas, como é concursada, continua nos quadros do TJ -, o esquema de desvio teve continuidade na gestão de Rafael Godeiro, que assumiu a presidência do TJ-RN.
Carla disse que a partir daí a divisão dos recursos públicos desviados passou a ser entre três: ela e os dois desembargadores.
fonte: blog do bg